A noite brilhava, literalmente.
As estrelas cadentes surgiam e desapareciam do nada. Eu jurei que elas entraram no meu coração. Eu desejei a mesma coisa, várias vezes, para várias estrelas. Desejei ela, apenas ela, para sempre. E eu sei que as estrelas cadentes nunca me falharam. Dentre milhares de sonhos que criei, que poderiam se realizar, ela criou um completamente novo para mim, eu nunca achei que sonhos assim, que eu nunca sonhei, se realizavam. Só soube que era um sonho, depois que o realizei.
Talvez, eu devesse perguntar sobre os sonhos dela.
Mas, sentada no banco de trás do seu carro, seus braços me envolveram, e eu não consegui formar pensamentos coerentes. Seu perfume nas minhas roupas, suas mãos nas minhas. Talvez, o pior, se eu abrisse a boca, ela sumiria. Não como uma fugitiva, mas como um anjo subindo ao céu em glória. Eu me senti em casa com ela, nunca conheci muito bem esse sentimento, mas quando você sabe, você sabe, quando você sente, você sabe. E eu sei. Sua mão segurou a minha, seu braço me abraçou por trás.
Agora eu sei.
Por ELLA DE LUME