CRÔNICAS – O passado acessa o futuro da China sob uma bola de cristal por Victor De Sousa

CRÔNICAS – O passado acessa o futuro da China sob uma bola de cristal por Victor De Sousa

          O ainda nenê Brasil tem uma boa relação com a velhaca China. E se… Como seria a futurologia da relação Brasil/China acessada do passado chegando aos dias de hoje? Pareceria loucura, mas se… (se!) suponhamos (só suponhamos) que haja uma forma de troca de “previsões” entre a conjuntura global no passado e o intercâmbio do ‘exercício de futurologia’ em China hoje. Se fizéssemos um apanhado do futuro (que agora é presente) da China de forma totalmente assertiva… o que aprenderíamos?! – Se é que aprenderíamos algo. Porque convenhamos, aprender se parece difícil quando se há preconceito, ou talvez falta de conhecimento.

            Se no passado tivéssemos a bola de cristal para analisar qual potência se tornaria a nobre China. E aí?! No Brasil provavelmente o que veríamos era que cá nada muda. E a China, muda! E não. Não é ‘muda’ de aceitar inerte e calada, é ‘muda’ de mudança mesmo! A China é uma revolução e mudança seria um bom sinônimo a esta potência e tudo está tatuada em toda essa arte de governar tão milenar.

            Já o Brasil!… Bem?! Como não perder o pouco de ufanismo ao ver uma realidade de que o país dos anos 80, 90 parece que é a mesma, apena com gerações diferentes. O mesmo discurso. Só que agora na boca dos que se chamam de mimimi’s. E fora assim outrora – Todos falavam mal da China. Continua sendo. É aquela dicotomia do primeiro capítulo improvisado na excelente quarta capa do livro Henfil na China “passeei minha imprudência de ir ao outro planeta, sobre o olhar de inveja e medo de tudo quanto é amigo, família e colega. china?! não! não há china dos comunistas. para quê você vai a china?!”

            Percebemos o quão atualíssima é a ideia. Nada mudou! Talvez a roupagem… o tal do upgrade: Agora falam “Tem certeza que vai a China?! Você é Comunista?! Você gosta de Marx? Chê Guevara?!… Vá casar com o Maduro”.

            Hoje  o discurso consegue fazer uma salada de China, Cuba e Venezuela e em redes sociais e o vírus pareceu disseminar toxica. Falas seguidas por uma miríade de pessoas que não gostam de leitura, nunca viajaram para qualquer país no oriente, mais nutrem a tal inveja disfarçada em ódio, mostrando que as coisas parecem exatamente igual ao de tempos atrás. Henfil, Eça , David Bowie… entre outros “cancelados”da Cultura pop escreveram com poesia e carinho cada qual sobre sua Arte sobre a antiga civilização. Mas… em real, a China sempre foi para poucos!! Continua sendo. A diferença é que estes (visionários) acertaram em ser rebeldes e defender seu ponto de vista e bradar a Velha civilização. Mas o resto do mundo adora cutucar o Dragão com vara curta, não é?!

            O país, no entanto, virou Titã, e não somente por ser capa de revistas importantes que uma vez ou outra trazia a Terra do Dragão na capa. Pelo poderio político e econômico estrondoso também.

            Mas porque o Brasil não se agiganta como a China? Porque não aprende com ela?! Não que a gigante seja perfeita, está bem longe de ser. Mas quando comparamos: há uma titanomaquia comparada ao bulldog francês! E porque nós somos tão pequinês comparado com esta?!

Brasil é hoje o maior parceiro da China! Mas, boa parte desses que falam tão mal dela nem sequer sabem disso. Se há dicotomias que divergem da diferença, a de uma ser gigante e a outra ser média — Por que não viramos superpotência? E porquê falamos de algo que está muito melhor que a gente?!

            Há de convenhamos, no futebol existe um termo “a camisa pesa”. O país tá pouco se lixando para o que dizem sobre ela. Continua crescendo. A cada ataque contra, ela lança um contra-ataque em forma de crescer. Faz de tudo, a rede social mais vista do mundo, carros elétricos mais vendidos do mundo, multinacionais e megalópoles bilionárias no mundo. E cada vez que disserem que ela é a única culpada pela poluição do mundo, eu acho (com quase certeza) que vocês estão motivando eles a criarem formas de revolucionar nessa área.

            Então lembro… Henfil, Bowie, Eça… todos falecidos e que falavam da China. Se eles tivessem essa bolinha de cristal. Mas nem o Brasil nem o mundo estava pronto para admitir todo esse recalque à China. Alguns visionários não estão mais vivos.

            Por fim, eu oro para que a China melhore já que é também cheia de problemas, aliás. Mas, pelo menos, ela sabe mudar. E o Brasil?!

            Quando tu ver aquele carinha lá falando mal da China tu pergunta: E o Brasil?!

Por VICTOR DE SOUSA

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