DESAFIO POÉTICO Desalento por André Ferreira

DESAFIO POÉTICO Desalento por André Ferreira

De volta à Lisboa.
De volta à poesia encontro o berço.
Deveras para o início…; é regresso, é recomeço.
Quem vê em bola de cristal?!.
Quem contempla sua sorte antes da hora?
Destinos?!
Na ampulheta do tempo esvai-se vida após vida
E segue entre vindas e idas…
Desatinos…
Volver-me-ei meu pensamento para
Portugal, pois é lá que está meu Coração;
A força motriz da minha alma, caixa preta das
Emoções;
Donde nasceu a velha e boa poesia…
Quisera eu levantar voo como uma ave!
Um beija-flor!
Plainar sob toda a diversidade!
Recepção tão meritosa; ser recebido com tapetes
De flores…
E sobre a tal poesia…
Quando quiseres conhecer de algo:
E’ preciso desnudar de todo julgamento precoce,
Embriagar-se no novo.
Dar vez ao pensamento que floresce…
Pureza donde não se cala a alma.
Desnudar a poesia…
Sobretudo:

Podes até beijá-la, dormir juntos no mesmo sonho.
Acordar juntos…
Num jardim de orquídeas azuis.
Podes até:
Tornar-se íntimo,
Cúmplice,
Falar a mesma língua.
Puro sonho…
Puro monólogo…

Por ANDRÉ FERREIRA
São Paulo – SP, Brasil

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