Qual rei de ilha sob um sol escaldante
Sofre a seca pela raivosa Hera
Secam-me os ossos, torno-me ultrajante
Num nível de torpor que depaupera
Mesmo que aiakos clame a seu grande pai
E este mande chuva aos riachos, fontes
Verei o fim de minha vida que se esvai
Não sou sequer herdeiro de mutantes
Quem me dera aprendesse com formigas
Ao retravo com sua forma humana
Transpor, recomeçar, vencer intrigas
Rogo-te, moça, a paz que nos irmana
A por fim às querelas mais antigas
Pra viver um reinício que dimana
Por ENOQUE BARBOSA
Recife – Pernambuco, Brasil