Faminta
Amanheci faminta, meu corpo tem sede, quero a pressão das suas mãos em todo ele, afundando os dedos nos meus quadris, quando de quatro o meu mundo se projeta nas paredes desse quarto e eu, me torno a vadia prostituída, a meretriz que queres ter, aquela que come os teus sentidos quando os foromônios exalam o meu perfume de fêmea faminta, animal, e dentro de mim os dias se tornam noites, e eu me acasalo com os seus movimentos cadenciados, fortes, com meus instintos aflorados me deixando ser a devassa do teu corpo, da tua carne, dos teus desejos.
Amo quando a tua boca invade a minha e quando descobre que sou receptiva e venerável a ti, me penetra com força, arrancando-me a calma, me deixando ardorosa, com uma febre vadia, e eu abro as pernas sem nenhuma vergonha, e é quando você desce por todo o meu corpo, e na viagem da tua boca, ganha o meu pescoço, chega aos meus ombros, e mais abaixo ganha de presente os meus seios rosados, demorando um pouco ali, onde cada bico entumecido reage, arrepiando até a minha alma.
E a invasão continua, descendo pelo o meu ventre que treme, suas leves mordidas e beijos me fazem suar, evaporando a minha pele, ganhando as minhas coxas, e a língua passeia e me invade em uma desesperada agonia, e você chega em minha virilha, e os tremores começam a desnortear a minha mente, desejando que você chegue mais e me invada, e sabendo disso você me tortura chegando aos meus pés, chupando os meus dedos, minhas mãos te seguram pelos os cabelos, como te guiassem e você vem, e novamente eu abro as minhas pernas, e te entrego tudo o que sou, é aqui que preciso de mais atenção, é aqui que tenho sede da tua boca.
E você vem, e é bem demorado… Bem demorado!
E quando você sente que vou desabar dentro da tua boca me olha, com aquele olhar de quem vai me derrotar, vai ser sacana!
E você vem, se afunda em mim, com pressa, comendo o centro fundo dos meus espaços, me fodendo o meu corpo sem juízo.
Meus gemidos te excitam, meus gritos roucos te deixam orgulhoso por ter a melhor das mulheres na tua cama….
Aquela que trepa vontades, que mete verdades, que copula indecências, aquela que sabe ser mulher.
A sua mulher!
Por TÔNIA LAVÍNIA