DESNUDA EM PALAVRAS – Identidade Libertina – Os Invernos da Alma

DESNUDA EM PALAVRAS – Identidade Libertina – Os Invernos da Alma

Nasci no dia em que te conheci, e hoje escrevo-te com minha alma lacrimosa pelo abandono do meu corpo. Meus sentimentos por ti não são meras fugas para teus desejos carnais desesperados, enquanto minha carne ferve de amor, aquecida pelo valor de ser amada nas noites em que meu corpo era procurado para esvaziar tuas luxúrias. Escrevo na minha pele o desespero de um desejo que não mais tinha amor.

    Foram dias de verão intenso nas passagens de meu corpo, mas, hoje, sou o inverno dos dias que, nos meus olhos castanhos, o intenso nevoeiro traz a tristeza da saudade do meu corpo sem ti. Onde estás agora? Porque me abandonaste, deixando-me nos precipícios da loucura, onde me toco todas as noites, gemendo em súplicas, buscando o desejo que sempre foi arrancado de mim por ti, sabendo que minha alma era encarcerada a tua.

   Molho os lençóis na cama fria, antes aquecida por teu corpo colado ao meu, entre as delícias de orgasmos que buscavas como o eleito da minha alma, tendo de oferta meu corpo que hoje chora as águas derramadas solitárias, com meus dedos entre meus lábios íntimos que te buscam nos umbrais da minha alma perdida.

   Deixaste minha rosa, derramando lágrimas sozinha pela tua falta, entrando dentro das minhas vielas, meus cálices derramados em cárcere que só se libertam por ti. Amo-te, senhor da minha alma, razão dos meus diários, das tintas da pena que antes escrevia o quanto eu era tão tua.

 

VÍDEO: TEXTO: “AS PÁGINAS AMARELADAS DO TEMPO ESCRITAS PELO LORDE… A FIDALGA DOS OLHOS TRISTES”

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Por TÔNIA LAVÍNIA

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