No documentário, Arquitetura da Destruição de Peter Cohen, a arte das formas em moldurar o espaço, das grandes cidades alemães durante o Regime Nazista, possui a envergadura de impressionar, através do belo e do estético, que assim seus lugares, poderiam serem meneados como uma forma de construção acompanhado por um plantel político, passando da manipulação do sensível, para se chegar em uma irascível contingência doutrinária, que o homem está para arte, assim como “o caos” está como um ditame universal de entrever martírios para uma compreensão do que seja sonhar com grandes transformações da matéria bruta, e também adentrar em uma noite horrenda de pesadelos indecifráveis de intolerância e ganância.
Passando pelo Teorema de Pitágoras, que é uma base lógica, para o equilíbrio, de massas de concreto e de madeiras cruzadas entre si, ocorre um sentido de elevar a capacidade criativa da imaginação humana como não havendo limites para suas ousadias, como também enaltecendo como a matemática é fundamental, para se compreender que “a primeira bela arte”, detém uma forte premissa, que ao mesmo tempo ilude, mas esclarece, um forte sentido de reconhecimento, quanto ao que seja de fato, modificar antagônicos flancos, de um “modus vivendi”, ao qual a imagística de casas, prédios, sobrados, arranha céus, pontes, viadutos, barracões, estão como um vinculo de tentação tanto para impressionar, como para deteriorar a capacidade criativa humana em desenvolver empatia uma para com o outro.
Se pesarmos festivos, por exemplo, no Carnaval, tanto o Chinês, ou o Veneziano, passando pela, Marquês de Sapucaí, ou Sambódromo Paulista, a arquitetura das ruas, durante seus festivais, busca um sentido de despertar o homem do seu inconsciente perante a convergência de vir a cumprir sempre as mesmas métricas, e assim tentar sair de um senso – comum, que leva para um padrão psicanalítico, que tanto através das máscaras ou do exibicionismo latente, está arquitetado um intermitente caminho, para a elevação de uma historicidade, que assim venha, unirem as ações humanas, quanto as suas possibilidades de modificação do ambiente ao qual esteja inserido ou alojado.
É uma mistura constante, de “admiração pelo proibido”, em contemplar a arquitetura de corpos esbeltos em sua maioria, que desafiam a lógica helenística e cristã, aos quais a cada novo enredo se proclama, labores psicológicos, que a inspiração divina de cunho politeísta, fazendo dos seres-humanos vítimas de uma bajulação do seu próprio poder em se encantar pela sua beleza ilusionista.
Assim como Fuhrer, quis fazer de sua Berlim, um sinônimo de retorno a Grécia – Antiga, esculpidos de patamares existenciais em se projetar, novos sacrilégios de que para se conquistar o “belo”, está um sinônimo filosófico, de alucinação em tirar a criticidade inerente do indivíduo , e usando das palavras de André Malraux, “deixando um sinal de precariedade”, para os “homens – comuns”, a arquitetura também buscou uma concepção celular em dar vida, por entre geometrias de indelicadezas, em que “olhar de julgamento alheio” detém um sumo interpretativo de colocar patamares para uma construção argumentativa, de que as realidades urbanísticas, podem ser mudadas constantemente.
Assim como o Carnaval, traça a tonalidade de busca da perfeição entre a “arte, corpo e matéria”, o corpo projeta mudanças de uma constante subdivisão “epicurista”, para um sublime manejo de jactâncias emocionais, em submeter uma reflexão, quanto o que seja de fato um sinal de arte em construir, que possa assim traçar vôos para uma dialética, em desconstruir o abstrato particular de cada individuação, para que se chegue a um grau de sonhar, que possa conter polivalentes dígrafos de linguagens, ornamentados em mensagens estruturais, que possa assim conter uma gnose, de que é necessário, tecer melodias de uma reinterpretação no que tange o homem atrelado ao termo construir.
Se pensarmos em cinematográficos, Fritz Lang, como o seu Metropólis de 1927, que foi uma das inspirações de Ridley Scott Blade Runner e sua continuação Blade Runner (1982 – 2017), ao qual colocam uma visão futurista, de uma cidade modernizada, mas que esconde traços de corpos doentes, que são aterrorizados por uma carência em cadenciar oportunidades de um comportamento, que possa tanto esmiuçar a vivência dentro de um mesmo espaço, entre homens e máquinas, que assim possam realizar uma equilíbrio entre a matéria e a alma.
Como também dentro cartoons a arquitetura ganhou destaque com personagens Tiger, da série ThunderCats (1985 – 1989), um humanóide, que tem a função de ser o arquiteto da “Toca Dos Gatos”, no sentido de proteger seus companheiros, em relação a fúria de Mumm-Ra, que vive dentro de uma Pirâmide gigantesca, fazendo alusão a genialidade egípcia de transformar os ambientes aos quais faziam sua estadia, bem como nesse sentido unindo a paisagem do designer modernista com a antiguidade.
Um construir que vai somente “no jugo de idéia em transforma o concreto armado, sem ter nenhum agrado”, como diria Oscar Niemeyer, ou que também não transcorresse, em entrar em consonância de conter uma Modernidade, que “fizesse objetivar dentro de preceitos empiristas”, uma arquitetura que fosse excessivamente métrica sem progredir para efeitos humanistas e éticos , segundo Norman Foster.
Analisando a construção de Brasília, passando pela exasperação esperançosa dos “50 anos em 5”, de Juscelino Kubitschek, a Arquitetura, é um plantel político, que também caminha com efeitos econômicos, que se serve de subterfúgios ideológicos, em realizar atividades de manipulação do plano de uma visão real e material integradora, que passasse para a produção de uma cartasis de moral científica, que fique esmiuçada, para ditames de que o “planejar e o criar”, estão em torno de uma sincronia em fazer, das construções, um batistério de que é necessário impressionar, mas ao mesmo alertar que obras arquitetônicas magníficas, podem conter um chamariz existencial que cheira derramamento de sangue.
As Torres Gêmeas do Word Trade Center, bem como o Pentágono, foram marcos arquitetônicos, que chamaram atenção da Al Qaeda, para assim consumirem os atentados de 11 de setembro de 2001, assim como também a Torre Eiffel com a imagem do Nazismo passando, por suas ruas durante sua ocupação na Segunda Guerra Mundial, simbolizam a elevação de um tipo de Política de Estado (Totalitarismo), onde nada está á salvo dos olhos do líder, assim como as figuras de Lênin e Mao, nas Praças Vermelhas tanto de Pequim e Moscou, mostram que o grande timoneiro, bem com líder operário bolchevique estão sempre de olho em seus descendentes.
“A arte de construir passa por um sentido, tanto de adoração como também em desperta diferentes formas de emoções”, Jung, coloca nesse sentido de simbologia de espanto neurológico, um semblante de fanatismo, que venha assim subestimar, como o homem se descontrola, em adorar a si mesmo, mas que ao mesmo tempo se diferencia um dos outros, estando apto para uma escravização da suas faculdades mentais, em mentalizar, que para se chegar a impressionar, é necessário, um cunho de levitação pensar abstrato, que para causar “o medo, não basta unicamente”, e sim esclarecer o sentido de transcender as imagísticas de idolatrias cegas, mas porém que ato de construir, para fazer uma ideologia, seja íngreme, no que seja alojado, como parte de um campo idealístico que coloque a arquitetura, não como um campo de reflexão mas sim de doutrinação.
Usando ainda de Jung, mas voltado para os campos geográficos, “a germinação do ódio”, passa por uma reconstrução de memórias, que assim sejam usufruídas, como um sinônimo de intolerância perante ação do homem, sobre seus semelhantes.
A arquitetura sócioespacial das casas tupiniquins coloca em seu desenho de preconceito o segregacionismo entre os empregados e família, na composição de seus aposentos, uma herança direta dos tempos escravocratas, como se fosse uma senzala moderna, aos quais se possa lembrar sempre que os menos privilegiados, são usados como celeuma, de uma eterna divisão classicista.
Sendo dentro de um conceito psiquiátrico, está também que a “fabricação da loucura”, do pensador húngaro, Thomas Szasz, que isso seja compreendido como se “as pessoas não conseguissem se renovar constantemente”, estando dentro de um mesmo local vivência, onde seus corpos se locomovem diariamente, como sendo um condicionamento a adentrar em uma campo perigoso, em ficarem encaminhados a uma carência de renovação mental, que adentra dentro de uma vida psíquica, que não consegue ver novidade, em suas subjetividades, e também em como se relacionar sucessivamente de forma profícua com o próximo.
Um próximo que se aproxima de análises intelectuais, banhados por uma organicidade do que seja transparecer e se envolver, entre um plano de materialidade sombria, que passe por uma metafísica, que compreenda que a alienação, também se faz pela falta em prover uma constituição arquitetônica, que esteja submetida aos compêndios epistemológicos de voltar-se para uma cultura greco-romana, que seja resplandecente, de que o homem é uma construção em constante fase de criação e reflexão constante.
Sendo desse ponto de vista propedêutico, a arquitetura, estampa um campo de conhecimento de se constituir como um forte arquétipo de postulação literária, que se consolida como um embrião factológico, entre os fantasmas que afrontam o “ser”, que envereda pelas descrições fantasmagóricas de Edgar Alan Poe, dentro de seus contos, onde evidencia a sua “filosofia do mobiliário”, ficando aglutinadas, em torno da admissão, de sua engenhosidade fantasmagórica em gerar elementos de uma semântica arquitetônica do medo, que passe por entre paredes da incredulidade que possa transgredir a maldade, para uma caminhar de sentido a carência da “luz divina”, que por entre dormitórios repletos de medo e desconfiança, estão domiciliados em um conforto de procurar uma saúde mental, a dar clivos questionadores de uma lapidação do pensar, que não fique atrelada ao medo como forma de seduzir o leitor, fazendo uma industrialização de polivalentes situações psicodélicas.
Um medo que podemos nos submetermos, aos pesadelos de “Werther”, e sua paixão por Carlota, que Goethe, também une a burguesia alemã, e seu ostracismo dentro de um campo de ação ficcional, que eleva o ultra-romantismo, chegando praticamente há um status do amor como doença, ao qual cada um sofre dentro de sua “alcova”, que o Marquês De Sade, vai tratar em seus escritos acerca do “voyeurismo”, onde os desejos mais sórdidos são consumados.
Nesse sentido sexual, a arquitetura moderna, volta para uma nova forma de controle dos “corpos”, sendo que assim fique emergido em uma barbaridade de fazer uma sociedade mundialista, que se fecha em si mesmo, gerando pesadelos do medo da solidão, que venha armar-se contra o peso da solidão, perante o medo de não vir agradar as pessoas aos quais de somente venham a existirem, estando esculpido, intransigências quando a encontrar meandros para a efetivação de um autocontrole, que não dependa também de como cada “eu” se coloca perante suas experiências com o “outro”.
Sendo assim, a “sociedade vigiada” que nos fala Michel Foucault, está agastada em colocar as pessoas, das mais varias estirpes dentro de um claustro, onde os desenhos de sustentação e aparência do seu lar estão assim comiserados a se anular, perante, a alucinação multicultural, que a humanidade passa.
A jovem escritora romancista Amanda em seu livro de estréia de gama literária Os Devons (Corações Paridos – sendo o Volume 1 , de um Projeto de 05 Livros), traça a importância da arquitetura inglesa na era vitoriana como um forma de exclusão e fortalecimento social e dos seus principais personagens, como a sua protagonista Catharina Devon,, enfrenta um universo machista destinado a deixarem as mulheres a terem predestinados perante as vontades da aristocracia britânica ultra – ortodoxa.
Assim fez em seus romances realistas acerca da decadência da burguesia lusitana, temos em Fernandes uma descrição de como os espaços londrinos venham a determinar tipos de comportamentos que pode ou não serem feitos, dentro um intuito coletivista, como entre quatro paredes, ao qual é retratados, como o valor da aparência de uma lar, tem o poder de determinar como cada um vai ser tratado perante o hermetismo classicista britânico.
“No início do século XIX, a arquitetura inglesa ainda conservava grande de sua característica arquitetônica herdade da Idade Média, bem como a partir do século da segunda metade, a aparência de suas casas, começam ganhar nuanças com bases nos azulejos, com uma herança da tradição da Itália e França” (Amanda Fernandes, 2022).
Isso uma certo tipo de loucura, quanto a questão de como se apresentar uma cidade, que venham, manter tradições da antiguidade, ou contendo o provimento de uma modernização, baseado em culturas de construção urbanas regionalizadas, já que os holandeses usaram de mais a técnica de azulejamento em suas conquistas coloniais no “Novo Mundo”, como em Olinda e Recife, gerando um espécie de alucinação arquitetônica, em se dar uma identidade clara quanto a uma estética, que pudesse diretamente fazer com que as pessoas que vissem suas obras, identificassem automaticamente a representação do Reino De Nassau, em suas imediações.
Uma alucinação, que venha a compor, uma sinfonia de horrores, onde tudo passa a ser um andrajo de estar envolvido, em uma desconfiança, cheia de paralelos de uma mixórdia de gerar angariações de liberdade, que não possam estar, alinhadas, como um fator de incentivar sempre o questionar de maneira crítica.
A Arquitetura, por si só é algo questionável, que também com a criação da Bauhaus, por seu designer-mor Walter Gropius, também está uma multiplicidade de dilemas em modernizar a Alemanha, e se ligar ideologicamente, com as primeiras féculas do Partido Nazista, que se misturavam entre a renovação e o uso de novas técnicas e materiais de embelezamento de suas cidades , diante um fanatismo de miscelâneas, em elevar aspectos de uma intolerância, diante dígrafos de aforismos, substanciados em uma sistematização constante do medo.
Um medo, que voltando para o campo literário, se constitui um alerta de que “o poder supremo” que nos fala o escritor paraguaio Augusto Roa Bastos, fez de sua nação uma grande ícone latino-americano de independência e desenvolvimento, durante o governo de José Gaspar Rodriguez De Francia, que deriva esse fato da vontade de seu abstratismo a usufruir de um poder privilegiado, que assim predestina alguns em estarem, no jugo de destinar (segundo sua vontade pessoal), a vida de milhões, para desacreditar o que seja “belo”, seja uma dádiva a ser agraciada por todos os governados.
Gabriel García Márquez usou de suas denúncias contra o governo do ditador Rojas Pinilla, para fazer uma arquitetura do poder, tanto como algo bajulador, como também ressaltando uma política de Estado, que minaria as liberdades civis.
“Relato De Um Náufrago”, conjuga, literariamente como a manipulação da realidade, passa por certames de camuflar ou até deformar “a verdade”, sendo que a arquitetura, respeitando seus campos epistemológicos, contem características, de uma manipulação sucinta de fatos e informações, que sendo assim estejam dentro de um pragmatismo de construção subjetiva ao qual, o que se vê, não está de fato, em sintonia com as verdades imaculada, que o poder podem manipular e disseminar ao seu bel prazer..
O Jornalismo se constitui, em uma maiêutica, de evocar, a destruição, como também a aspergir uma razão, que não seja locada, para uma abertura do terror estatal.
Um terror que segundo sociólogo grego Nicos Poulantzas, “passa pela destruição de um lugar de segurança do cidadão comum”, e que assim através da introspecção de novos circuitos de assimilação e correspondência mental, venha a contaminar, uma variedade, de pensamento e intelecto acerca de como se colocar, perante uma condição de massificação.
Uma massificação que detém traquejos, que sejam elaborados, assim para uma destruição de um espírito de liberdade, que não desenvolva uma amalgama renascentista, ao quais os homens possam serem, classificados, “como senhor das formas”, trilhando uma estética, que venha compor romances que entrem em uma consonância, entre o antropo familiar compactuado, por um coletivismo lúdico, que possa progredir para relacionamentos pessoais e interpessoais, que sejam substâncias, para um novo progresso de como socializar diferentes formas de ensinar vivências, que sejam consciências entre o iludir e o interagir, através da imagem, mas também que venha a realizar a sensibilidade, que para lutar contra qualquer tipo de arbitrariedade, se faz jus e necessário uma transfiguração da matéria para diversas formas.
Uma “forma que envolva demiurgos”, para uma projeção, de que para a nobreza, não basta somente á pompa de seus castelos ou palácios, mas provém de como possa envolver as pessoas mais “simples”, que venha consubstanciar uma mistura incessante de emoções, para assim colocar, que as formas necessitam de um brilhantismo, tanto quanto uma devoção, sendo um objetivação de que sempre se faz necessário para o homem, voltar a si mesmo, como sendo um caminho, para identificar reflexões de como arte ao mesmo tempo, descobre o sapiens de sua ignorância, mas também lembrando que está inapto, em não harmonizar sua limitação perante a natureza.
E perante essa sua carência em não conseguir dominar “tudo”, em se aceitar como ser dono e responsável por todo os seus piores pesadelos, procurou desde a Pré-história se esconder nas cavernas, e depois passando a viver em refúgios feitos de paus e pedras.
Nesse cunho de humanização de sua condição animalesca, o homem, se viu na sagacidade em mudar seus espaços onde deposita sua intimidade.
A Arquitetura tem grande valor nesse ponto, como sendo um acréscimo historiográfico, para fazer da intimidade, um legado de divisões sociopolíticas, que assim venham a emoldurarem uma psicopatologia dos costumes.
Entre a relação dos “costumes e da intimidade”, podemos, classificarmos, que grande parcela do desenfreado sentido da libido na Modernidade, que procurar saciar os desejos mais delirantes, mas também contendo uma simetria que isso também se classifica como um sinônimo de poder, no compasso do tempo e que as vontades vão se tornando, tijolos de incredulidades, que assim são o reboque para uma tipologia de comportamento, que ao mesmo tempo deseja a rigidez do silêncio das paredes, mas que paralelamente arquiteta que o amor, se faz por entre declarações de sentimentos mais puros, “vagando por quartos obscuros da mente”, tangenciados em mentes perturbadas, que choram por idealizarem, muitos sentimentos perdidos nas correntes do silencio alheio, fragmentados em pequenos lastros de loucuras cotidianas.
A Arquitetura, é uma arte que faz com que os mais belos sentidos da vida, sejam desenhados, por entre singelos procedimentos, de que para se chegar ao conhecimento e ao sensível, é necessário se esconder, mas não se reter.
Construir, assim como Arquitetar, são palavras que caminham juntas, porém despertam também sentimentos contraditórios, no que diz respeito quanto a se colocar, perante a organização, de uma compreensão do “real”, lânguidos quanto à disseminação, de que tudo que o ato da construção pode proporcionar, pode vim a tirar a faculdade da argumentação, quando não obter o provimento, de nuanças de estereótipos, que façam surgirem princípios, para uma nova forma de obter nichos intelectuais, que venham a realizarem, uma filosofia da mente, “em ver como também em enxergar”, que somos constituídos dos mais derradeiros gostos e hábitos pessoais, e que muitas vezes venham a agradar unicamente nosso ego, e assim fazem com o ser-humano, precisa a cada momento, se arquitetar, em buscar novas alternativas em lutar contra seus piores pesadelos, como também estando dentro de perspectivas esperançosas, que é necessário sempre voltarem, “a um primeiro amor espiritual e recordativo”, de amar a si mesmo.
Esse amar a si mesmo, que venha ultrapassar centúrias de egoísmos, em ver a casa do próximo como algo a ser cobiçado, sendo que em determinados momentos o sentido de casa ou lar, venha representar o sentido de uma destruição de um sentimento apaziguador, em colocar, figuras de igualdade entre as pessoas.
Uma igualdade que dinamize um prognóstico marxista, de que as diferenças são prosseguimentos socioespaciais, de que em muitas vezes feri os princípios de uma dignidade, em se ter o direito de usufruir da arte, bem como, está revestido de um princípio ético, de que para se chegar ao respeito, em determinados momentos, tem que se chegar a uma diminuição do glamour, mas sem ficar longe de um processo de (des)encantamento pelo mundo.
Walter Benjamin, “expressa que dentro das categorias narrativas, a realização de novas convivas estéticos , que venham perpetuarem, uma sedução em contemplar o belo e não ser escravo dele”.
A contemplação do “belo” passa por sentidos indentitários, aos quais as elites detêm áreas de influência específicas e que dentro do seu contexto popular, passa por uma silosidade, de lembrar onde cada um deve estar de acordo com a sua classe social, constatado pelas mansões luxuosas, que ao mesmo tempo dão um sentido de potência das sua vontades canalizadas ao seu próprio engrandecimento, e assim revitalizadas, como venenos classicistas, que vão distorcendo a integração entre polivalentes sentidos de humanizações, em colocar sentimentos que sejam taxativos a combater desigualdades tanto materiais quanto mentais, entre as pessoas.
O Mito da Atlântida e da Lemúria, com as suntuosidades arquitetônicas detinham o poder de chegar próximo da perfeição, o que de certa forma, também é um exemplo do pesadelo, em não se admitir erros que contribuem para a verificação loquaz que não haja uma eutanásia de reconhecimento perante o que não seja agraciado com a dádiva demoníaca de ser abençoado como sendo lindo.
A Arquitetura Mitológica, da Torre de Babel, fez o sapiens, imaginar que poderia tocar os céus, e assim se aproximar dos Deuses, todavia é necessário salientar que para o crescimento espiritual, é necessário um pouco de uma engenhosidade aracnídea, em tecer teias de conexões intra-espirituais que venham a confrontar, uma conscientização de que para o ser-humano a perfeição não é algo lá muito sucinto.
Temos exemplo dentro da história da engenharia e da arquitetura em torno de suas várias facetas metodológicas e científicas, que quando a inteligência ousou ir além de suas possibilidades, tanto no quesito a experimentar e testar seus limites, como também em verificar o que propunha sua ousadia em desafiar os limites físicos, era justo ou passível de elaborar um pouco de prudência, que o impossível pode depois se tornar um símbolo de banho de sangue e um alerta para os perigos em não se deter a uma razão, repleta de busca por reconhecimento, mas que não tem conhecimento de suas próprias limitações.
Titanic, Zepelim, Chernobyl, Bombas Atômicas, Armas Biológicas e de Destruição em Massa, de certa forma são fatores arquitetônicos, que fizeram de outras áreas do conhecimento uma contemplação de morte e destruição.
Ou seja, nem tudo dentro da arquitetura, é um mar de rosas, mas também não é um calabouço de espinhos podendo ter a maestria de Euro-Túnel, CN Tower, Empire State, Sears, são exemplos de como as cidades podem se tornarem um marco tanto de encantamento, com da capacidade de superação criativa do ser humano, que assim vão redesenhando novas aquiescências urbanistas, quanto ao sentido de estruturar que o homem, consegue se fizer pequeno perante sua própria maneira de criar novos elementos artísticos. , que segundo Lucien Febvre, faz de sua cidade um sinal de sua demarcação ao longo tempo, e da importância na convivência um com ou outro, assimilando comportamentos e emoções de antagônicos naipes de abstração do conhecimento.
Hugo Cabret, redesenhou em suas páginas a Paris entre o século XIX e XX, que assim viesse por suas ruas despertar um pouco do sonhar, e meio a ascensão de uma Belle Époque, que via no urbanismo acelerado, sem reaver uma plano de humanização para as pessoas mais necessitadas, vão assim se alojando em frestas de grandes monumentos, como a Estação de Trem, criando seu próprio particular, que de certa forma é um protesto quanto a violência, de uma modernidade que veja a importância em unir todas as classes sociais em torna de usufruir e contemplar “o belo”.
Bem como Charles Baudelaire, em seus poemas cantou e o pessimismo de uma cidade, que sai do seu sentido de adoração á Deus, e se volta para as promiscuidades como sendo um princípio de espiritualidade a se afastar das graças de Deus, e ser banhado por uma fonte imensa de pecado e prazeres carnais sem procedentes de redenção para uma razão seja empática perante seus semelhantes.
Assim como os Castelos na Idade Média, era um epíteto de grandeza arquitetônica em separar, nobres e plebeus e delimitar graus de tratamentos interpessoais e pessoais entre as pessoas, a arquitetura junto com a urbanização, traqueja um marco de concentração de classe entre os mais abastados e os mais necessitados, como Aluísio De Azevedo descreve em seu romance O Cortiço, mostrando os perigos de uma disseminação da cidade, ao qual não haja um planejamentos claro, em fazer das ruas um espaço pluricultural, que venham a concretizar um condução de engajamento de respeito por todos os diferentes aspectos materiais e sociais que as pessoas vivem entre si.
Voltando para a Arquitetura Da Destruição, ao mesmo tempo que ela tem o poder de embelezar e fazer sonhar, também pode vim a ser instrumento tanto de desencantamento do mundo, como de alienação e disseminação do ódio e de preconceito.
Por CLAYTON ZOCARATO