DIALÉTICA – O Fantasma. A Ópera, O Rock, A Literatura e A Filosofia, um encontro do Barulho

DIALÉTICA – O Fantasma. A Ópera, O Rock, A Literatura e A Filosofia, um encontro do Barulho

A Ópera é um mergulho entre a teatralidade filosófica – dramática, que faz contrapontos epistemológicos entre o psicológico, o nostálgico e o melódico.

Vejamos que Gaston Leroux, em “O Fantasma da Ópera”, sincroniza caminhos comportamentais que de certa forma somos todos fantasmagóricos, quando temos nossa estética destruída pelo pecado da vaidade, fazendo a subjetividade ser escrava do corpo que ao mesmo tempo dança e encanta.

Imagem – cena da segunda montagem brasileira de “O Fantasma da Ópera” por Camila Cara

 

Erik, que foi retratado por Robert Englund (o eterno Freddy Krueger), Maximilian Schell, Gerard Butler, entre outros, fez dos subterrâneos da arte sonora clássica, uma transcendentalidade, entre colocar a identidade humana nos limites da racionalidade, entre o que seja belo e horrível.

O amor faz com que o “Fantasma”, seja um furacão dialético, unindo o corpo com um voraz sentimentalismo, que através das dificuldades não se deve perder um ego, que contenha as vertentes do amor por si próprio.

O curioso é  que o Iron Maiden, em sua canção fazendo alusão a obra de Leroux, coloca acordes que misturam a distorção de guitarra frenética, que vai tecendo uma estética de levar os corpos mais quietos, para um agito biomecânico de promover, a diversão, como uma forma de estar externado que dentro do clássico sentimentalismo aristocrático da Ópera, também serve como um espaço pensativo,  para a elevação de um espécime de gênero musical, que contém polivalentes métricas, de encantar como também afrontar elites culturais, que se colocam acima do bem e do mal.

Imagem de Ironmaiden666.com.br

 

Nas linhas do Fantasma da Ópera, esta uma métrica de que seus personagens são misturados com uma historicidade capitalista, que vai denunciando aos poucos como dentro dos salões cheios de glamour, está um forte sentimento de concentração de classe, que através da musicalidade é silenciada, pelos sons mais profundos, que através do sublime artístico, é escondido o descaso feito perante os mais necessitados.

O Nightwish, em 2004, fez uma releitura misturando música clássica e metal, com um desempenho artístico,  ao qual o fantasmagórico “Erik”, realiza uma mistura entre dor e beleza, que com os agudos cortantes da vocalista Tarja Turunen, deu uma vivacidade sombria e romântica, encarnando as lutas internas, que temos dentro de cada “eu”, em reconhecer, a escravidão psicológica da humanidade feita tanto pelos poderes, de “Afrodite e Erro”.

Sim! A Ópera possui uma conexão muito libidinosa, fazendo com que as vontades sejam sussurradas, como lampejos de um silêncio místico, em estar resignado perante a carência de uma individuação, que possa aos poucos nos retirar dos nossos piores vícios, caminhado para um sentido existencial de reaver o papel de cada um perante as sua dificuldades e dores alheias mais íntimas.

Imagem de Cfff999 por Freepik

 

O The Police, em sua canção “King Of Pain”, faz uma grande analogia acerca de um reinado da fadiga e depressão, exalando a necessidade que em determinados momentos a arte tem que se mostrar presente, perante a nostalgia e os perigos da ciência em não conseguir explicar todos os dilemas humanos.

O destino humano “é ser o rei da dor”, que através da música, pode vim outorgar um pouco de paz, para seus piores pesadelos.

Nietzsche, em sua obra “O Caso Wagner”, faz um forte apontamento de  como “a música clássica é  um grande fator de libertação, para se caminhar na áurea de construção de uma cultura que seja ao mesmo tempo provocativa, como tendo uma tessitura de que  cada musicalidade,  tenha o comprometimento de unir tanto a  voz como os  acordes, na busca da perfeição para se chegar a compreensão do homem perante seu destino”.

Um destino, que está elencado a sofrer, e que através da arte, pode fugir de elementos doutrinadores, que venham a lhe proporcionarem uma predestinação ensejada em sempre caminhar com o sofrimento.

Ocorre uma grande diferença entre a Predestinação e Destino.

Em O Fantasma da Opera, a predestinação do gênio está entrelaçada com o sofrimento de um amor não correspondido, que vai lhe causar tormentos na busca por uma realização spiritual, que possa assim dar  uma vida sentimental, que foi destruída por sua deformação facial, estando aprisionada a compêndios de emoções que submetem a dor e ódio.

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Um dos acontecimentos clássicos do cinema, perante o qual a música serve como um tema de vingança e predestinação do trágico,  está sancionado na parte final de “O Poderoso Chefão – Parte 1”, perante o qual a vingança orquestrada por Michael Corleone, entre uma série de assassinos, faz um contraste entre a beleza de elevar a sonoridade sangrenta,  para se chegar aos sentimentos mais elementares do “ser”, dentro de um “tempo cinematográfico”, que une tanto o trágico como o belo.

A Ópera em união, com a música clássica instrumental, possui esses caminhos de unir a maldade com a bondade, em torno de um mesmo escopo de ação, que assim venha a trazer á tona uma alimentação filosófica, que cria, também destrói.

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É fundamental se viajar pelos labirintos mais profundos da mente, para se compreender que o corpo se sensibiliza com a graça, de uma arte que seja diacrônica, a rechaçar as armadilhas do senso comum.

O maestro Herbert Von Karajan, “comentou certa vez que não adiantaria a sinfonia, se não houvesse uma voz de peso”, para dar vida às melodias mais belas e complexas criadas pelo ser-humano.

Assim como “arte”, tem como um fator fundamental colocar o ser humano em contato com sensível e o belo, a música se encarrega tanto de garantir, um movimento psicomotor, que possa  exalar, a proximidade entre o ideal de uma semiologia de levar o conhecimento técnico como teórico, que na batuta do regente ganha vida a cada segundo, assim como o momento que se vive, é desfrutado, como a questão de atração do mais pura e suave essência do amor.

Na ideologia, de mistura de estilos musicais,  a Ópera com o Rock, talvez o Queen, tenha sido a banda que mais quebrou paradigmas, entre o “estar presente”, em torno de uma conjectura de crescimento de um poderio gnosiológico de ultrapassar, caminhos da liberdade criativa, fazendo uma intelectualidade, pelas quais a filosofia, esteja em torno de almejar se chegar à permutação lúdica,  entre a exatidão de captar o momento presente, em que as ondas sonoras entram pelos tímpanos, mais inocentes  fazendo-os criativos, forçando seus neurônios a obterem uma transfiguração do que seja sublime e estético.

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Em músicas, como “Innuendo, Breakthru e a clássica Bohemian Rhapsody”, esgarça a união entre a sintaxe fonoaudiológica, que traça uma cartasis, de que entre a rebeldia e o erudito, está um cordão umbilical pensativo, que origina uma forte necessidade, de construção intelectual, que seja ao mesmo tempo um espiral metablético, como de  simbioses psicológicas  fundamentais para se chegar ao comportamento psiquiátrico claro e objetivo.

Freddie Mercury ousou em ir para um caminho da “criação de vários ritmos e símbolos”, dentro de uma cantoria frenética que produziu uma leveza de sentimentos,  e complexidade de pensamentos, em tentar compreender, o que seja um esclarecimento, quantos os tramites, de tangenciar similitudes, de uma história da argumentação, que possa estar dentro da música como  um ubíquo de obras  atemporais, quanto aos seus julgamentos epistemológicos, lógicos, estéticos e sonoros.

Gaston Bachelard “capita que o instante, é o que vem provocar as mais fortes transformações, de reflexões cognitivas, quanto ao corporal e o mental”, que assim faz com que um inconsciente coletivo, possa estar sendo seduzido pelo brilho sonoro de uma soprano, bem como o majestoso brio de fascinação e medo que uma orquestra possa vim a provocar em seus apreciadores.

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No limiar do medo e do desconhecido, houve ternura e “um objetivo pop”,  da arte em se cantar ópera para “todos”, trazida pelos três tenores, entre os anos de 1980 e 1990, Plácido Domingo, José Carreras, Luciano Pavarotti, que fizeram a disseminação de suas vozes, chegasse ao mercado musical, misturando proeminentes e diferentes estilos musicais, fazendo assim do “instante”, um “momento”, pelo qual a Ópera saiu de locais específicos da sua dramatização e operacionalização, realizando uma leitura do “mundo”, como também do “indivíduo”, testemunhando assim que a música clássica  e erudita teriam como compromissos vitais atingirem os indivíduos de paradoxais classes psicossociais.

Luciano Pavarotti, junto com “Bono Vox, líder do U2”, apresentou para o mundo a música “Miss Sarajevo”, que dentro de aspectos históricos, está uma didática em denunciar a cidade como um centro de Genocídio, e de lembranças terríveis para humanidade, fazendo tanto a alusão ao assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, sendo ele herdeiro do trono do antigo Império Austro – Húngaro, que desencadeou a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), e décadas depois foi pouco de violentos combates entre as etnias eslavas vivendo no território da Antiga – Iugoslávia, sendo assim um “documento histórico” musical quanto às intolerâncias reinantes no Velho Continente.

O U2, também teve trabalhos que se intensificaram em fazer da Ópera um complemento entre o espetáculo de elite,  assim como para o deleite de “ouvidos inocentes”, que venham a serem indulgentes para o questionamento de um paráclito silvo de se louvar probos da arte sonora tanto como entretenimento como de indignação, caso de suas apresentações com Orquestras feitas em várias nações.

Não se trata de colocar em um mesmo antropo  de dramaticidade,  polivalentes elementos filosóficos ontológicos de um sóbrio lastro de obscuridade de uma obra como “As Valquírias”, ou de tesouro nacional romântico e de diferentes classes sociais como “O Barbeiro de Sevilha”, mas sim fazer da Ópera na Modernidade, uma  desconstrução linguística, que  aos poucos com seu  estilismo poético, se aventuro  pelos mais sombrios e notórios caminhos  da personalidade.

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De certa maneira todos nós temos um “pouco de Erik”, dentro de nós, com desejo de vingança contra ignorância através do sombrio que enfoca um encontro  gótico com  Edgar Allan Poe em seu conto “O Corvo”, ou até mesmo no filme de 1993 com o mesmo título feito por Brandon Lee, que exala que a maldade possui esferas, em misturar mecanismos de linguagens para se metamorfosear, em antropos de uma aquiescência da realidade, que procura unir tanto, imagem, som e sentimento, no plantel de um poderio da argumentação em um comprometimento, que até dentro dos atos mais sombrios pode vim a existir uma fenomenologia, causando uma aglutinação da “arte”, em sua forma de vim provocar sofismas de uma ambição desenfreada na  busca de fazer da solidão um arcabouço teleológico  de que a Ópera, se constrói tanto através do “belo”, como também em adornar o   “maléfico” de colcoar as piores evidências humanas de sua perversão em evidência.

O assassinato da humanidade, tanto dentro da pulsão do amor doentio, como a psicose da paixão, se encarece de tecer uma linha de tempo, que venha a se comprometer em uma estética de tentar estrangular “o fim do trágico”, fazendo a Ópera acontecer segundo o escrito mineiro Autran Dourado, “na mistura de uma arquitetura física e emocional que venha causar espanto como esperança”, para seus apreciadores.

Um espanto, do verosímil canto que enfoca as mais complexas notas musicais, como também aguça a esperança, que o senso-comum, não seja hostil em causar uma vulgaridade da arte através de uma subjetividade vexatória e carente de arquétipos de uma justa compreensão, que a música é a libertação do ser humano, perante seus dias mais obscuros e tristes.

É a dolorida diversão, que traz a comoção, mas também a “humilhação dostoiévskiana”, de ficar dentro de nominalismos neuróticos, de que é sempre vital fugir da massificação para que a Ópera da Vida consiga refletir os mais drásticos pavores, de uma carência do amor universal e simples que segundo Ovídio, “venha a cantar tanto a tentação do corpo, como  a sabedoria da mente, e os desejos mais profundos do coração”.

Os autores clássicos portugueses, como Gil Vicente e Luís Vaz De Camões, tanto no que é condizente ao teatro épico, como epopeia poética, deixam um gosto da vitalidade do ser-humano em cantar e dramatizar seus efeitos heroicos, bem como seus fracassos, iras e (in)felicidades.

A Ópera é um vértice, de inversão da criatividade de sentido antropocêntrico, em que o espetáculo de “Deus”, está laureado, em vim a prodigar suas alarmantes extenuações perante as incertezas, de seu destino que passam tanto pelos seus  vocálicos  e versos das mais polêmicos e sedutores entonar cantos,  e  os mistérios mais gloriosos do que seja elementos de um espetáculo, que possa concomitantemente chocar como alegrar cada um em  discorrer a apreciar os mistérios de um empoderamento artístico – filosófico que se faz consciente em sua instável construção de economizar,  a acumulação da ignorância coletiva, em vista do lucro propedêutico de uma comunicação, que faça da arte algo que seja tanto cantado como tocado.

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A Ópera é a submissão dos mais terríveis segredos que a alma humana traz dentro de si, e usando de Kant, “procura em um primeiro momento espantar e causar medo, para depois ser um cunho de apreciação e esperança para seu público”.

Desde Mozart, Beethoven, Mozart, Chopin, pragmatismos de acordes e a doçura de unir a harmonia de instrumentos, como a variedade vozes, o canto clássico caminha para uma libertação da civilização diante o macabro destino da sua ignorância.

Faz-se fundamental se entender, que  para se deliciar com os melhores fonemas e sintagmas que a música erudita produz, é necessário se colcoar um hibridismo de se caminhar pelos desfiladeiros do desconhecido, seja ele corporal ou mental, pois diante da dança da vida, está uma concentração de vontades que se possa ser subjetividades, e eufemismos de felonias, entre o que sejam vontades, bem como também estando dentro de um movimento estético que venham a provocar, a irrupção de um componente comportamental que possa impingir fugas de um “materialismo histórico”, que esteja seccionado para um cunho artístico de não somente reproduzir sons, mas que sim pela graça pelo canto, possa vir a tocar as mentes e corações mais sensíveis.

Em um caminho psicanalítico, está centralizado um empirismo, que também possa através das percepções particulares de cada um, angariar uma educação que seja dialética, mas que também não se deixa se levar exclusivamente por uma incisão de um pensamento que não esteja voltado em lapidar a filosofia musical, nos  flancos mentais, que possam tanto estar, auspiciados para a construção de novos paradigmas de uma cultura, que veja através do canto lírico, que  cada “eu”, está no compasso de se realizar em um autodescobrimento, que também seja um descobrimento de novas formas de cultivar, o delírio de se chegar a erudição, mas que possa estar dentro de um mesmo caminho, que seja uma “higiene mental“, que contenhas as nuanças de lutar, com unhas dentes para que a Ópera  não seja um estereótipo classicista, mas  também se enfurecer, dentro de cada som “detendo seu  ritmo e existência”, como uma perpendicular tanto para fazer o “ser” saboreando seus devaneios contemplativos,  ao longo de didáticas pessoais, que estejam admitidas, na compreensão, de que as mudanças pessoais e transpessoais, ocorrem a cada momento, assim como a música nunca para, sempre deixando  uma gosto de quero mais para aqueles e aquelas que saibam seguir seu badalar e balançar.

Imagem de Freepik

 

Tanto a Ópera, como o Rock, a Literatura e a Filosofia, estão voltados para convergência de combater as “doenças da alma”, que estejam assim como diria Pierre Francastel “na modificação de um ambiente concreto, para distorções de articulações de braços e pernas, que venha demonstrarem  tanto carinho e afeto,  como também a salientar que entre todas as artes, o homem ainda é a harmonia mais bela entre todas as áreas do conhecimento”.

Murray Schafer, “classificou que a música é um sinônimo de pensamento”, e também de resistência perante diretrizes egoístas, de vim as se produzir uma mecanização do sensível, e que os “sons e as músicas”, tem o mesmo poder cognitivo e intelectual de tanto provocar a alucinação, como uma intencionalidade, que produza uma imunologia psicofísica, perante os vícios e os ritmos corporais, que produzam um tecnicismo, que esteja em uma, que em uma massificação, que eleve,  padronizações de novas formas unívocas de se enxergar o mundo, como também de estar nele,  fugindo das alucinações de um “baratismo musical”, ao qual boa parte da sociedade mundial está inserida.

Imagem de Publico.pt

 

Oliver Sacks classifica “que a alucinação é um dos melhores caminhos para se chegar, a um compêndio musical, que possa fazer com que as pessoas saiam do seu cotidiano”.

De fato a Ópera não está no cotidiano a olho nu ficando claro em  O Fantasma da Ópera, como também evoca um sistema de ideologias, pelas quais grandes parcelas das pessoas apenas acreditam no primeiro momento de interpretação ao  que ouve e vê.

A Ópera é uma aventura comportamental  crônica perante os mais densos penares de uma alma que está cada vez empalidecida por suas ações a serem comuns e também sem terem a sensibilidade envolvimento claro perante  as pessoas e seus mistérios como e segredos, como também a serem   frutos majestosos em elencar, que a música não é somente ritmo, mas  possuindo cores, adereços e atrevimentos, que servem tanto para adocicar a existências dos mais necessitados, como também para elevar ainda mais  a ala dos abastados.

É necessário técnica e alento, mas quando isso venha a mitigar exemplificações de ornamentar um caminho de luz e cores, para os mais necessitados, transcorrendo  uma nostalgia de detrimentos em relação às ações  interpessoais, que vão sendo aguerridas por sentimentos de um florescimento de um  arguir filosófico, pelo qual a música se faz em uma metafísica imensa,  tanto de inspiração como de provocação, que  acalentando  tanto o coração bem como a razão.

A Ópera dissemina o amor pela música, mas transborda uma dor intensa, que realiza um multiculturalismo, pelas quais suas vozes e arranjamentos, detém a habilidade de provocar uma gama de sentimentos que vão desde a dor como o amor, como também venha a esclarecer uma forte amplificação de metacontingências em sair da zona de conforto e se debruçar em desvendar tanto audição formativa, como para diversão destrutiva,  fazendo uma miscelânea de ritmos com outros gêneros musicais, especialmente o Rock, que com a “exceção da sua  rebeldia”, faz de toda a apresentação um teatro de oportunidades quanto à intepretação de uma condição humana polivalente.

Imagem de Resni AI por Freepik

 

Roger Daltrey, vocalista da banda The Who, produziu em sua carreira solo exalando  o “Ópera – Rock”, perante misturando sutilezas da Ópera, com as surpresas psicodélicas do Rock, com uma neurose de levar para público a questão tanto da diversão como da comoção bem como apresentando a questão da música erudita, como um esplendor filosófico, em se se pode fazer uma abjuração do espírito como um foco de contemplar a fé tanto em “Deus como no sapiens”, como  um canto Gregoriano, que une tanto a beleza, como a leveza,  todos dentro de uma tanatologia, que se chega a ditames, de que a religiosidade pode se fazer no silêncio de uma bela e misteriosa oração interior, como também produzir fugas de um desespero humano, que principia um elemento físico, que contenha tanto a força vital para a produção de paradigmas morais de estar “no lugar do outro”, como também em ver que até nas interpretações mais simples, ou até nas mais complexas, está o respeito por manifestações culturais e intelectuais, que podem tanto provocarem as mais fortes lágrimas, como também um sentimento de angústia e indignação diante as mais sádicas ações musicais, em revelar a crueldade humana, e suas ambições mais sombrias.

Eis uma Ópera, que opera a felicidade e a tristeza como testemunha do ser-humano intelectual e (i)moral, ao longo de cada tempo metafísico e físico de suas jornadas existenciais.

Por CLAYTON ZOCARATO

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