Quero-te, apenas, sempre e sem motivo,
a sangue e fogo, dor, prazer e encanto.
Quero-te, assim, e de querer-te tanto
no ardor que sinto, quedo-me cativo.
Cego de amor, desejo-te, sem crivo,
na tua boca um ímpeto eu decanto,
e se és a minha fúria e o meu recanto,
eu morro em ti e em ti morrendo, vivo…
Os anos furtarão a luz do sol,
consumirão os brilhos dos olhares,
trarão o frio às horas do arrebol.
E eu morrerei contigo, ardente e exangue,
quando me amares, quando me beijares…
Porque te quero assim… a fogo e sangue!
Por GEISA ALVES
Resende/RJ