Não quero, Flor, que lágrimas vertidas
Desmanchem a alegria de menina,
Por ti envio o verso que ilumina
Enquanto somos dois em voltas e idas!
Contemple, Flor, com brilho na retina,
Tudo o que abrace em pálpebras queridas,
As dimensões, por nós, jamais perdidas
Para iludir a divisão cretina!
Inatos olhos de um castanho cheio
Recheiam minha mente com seu seio,
No espelho encaro os olhos dos amantes…
Sincero, neste ergástulo de anseio,
Reforço o meu amor que não refreio,
Como, talvez, jamais te amaram antes!
Por RICARDO CAMACHO
Rio de Janeiro/RJ