Brilha o luar por sobre as águas quedas
do imenso mar, em explosões de prata,
declina como fúlgida cascata,
cobre o oceano de luzentes sedas.
E desde a aurora, desde a prima data,
assim sucede nas rotinas ledas:
o mar e a lua rentes nas veredas
beijam a praia com bravura inata.
O céu cintila em prismas de ardentia,
o mar refulge com celestes cores,
liame de sublime poesia…
Arde-me a verve num elã sem dores,
sobe-me à boca o dom que o verso amplia,
louvo, de Deus, os divinais favores!
Por GEISA ALVES
Resende/RJ