Sentenciado, o mundo inteiro, chora,
A indiferença avança, sanguinária,
Sufoca o peito, em dose tal, diária,
Levando o amor, do ser humano, embora!
Por ingenuidade, assaz precária,
O povo se acomoda, e a qualquer hora
Por ato involuntário, em vil penhora
Entrega a sua vida sedentária!
Obumbram nuvens negras, pesarosas,
Sentimentais, virais, pecaminosas…
No reboliço arrasta o ser incauto!
Porém, no afã da pura poesia,
Revive-se o melhor do dia a dia;
Na rima, o canto novo o meu arauto!
Por AILA BRITO
Cocal – PI