Não vejo em tudo encanto e poesia.
Quisera… Quase sempre o coração,
amante do poema e da canção,
encanta e escreve um verso que extasia.
Não vejo em tudo o encanto que eu queria.
Pudera!… Quase nunca o mesmo chão
abriga e distribui na mesa o pão
e aquece os desiguais na noite fria…
Sem percebermos a arte instiga a gente
a expor de forma alegre ou deprimente,
nos versos das canções ou de um soneto,
nuances deste mundo complicado
que a inspiração descreve com cuidado,
desde as mansões da corte ao simples gueto.
Por EDY SOARES
Vila Velha – ES