O coração humano é uma jangada
que voga em pleno mar das incertezas,
nas vagas das paixões e das fraquezas,
sem âncora segura a ser lançada.
Enquanto vai ao léu o vento brada
enfurecendo o mar, nas profundezas,
das emoções, tão frágeis e indefesas,
que tornam mais difícil a jornada.
O coração humano é o próprio mar,
que se arrebenta todo, a se escumar
na praia, sobre a branca e fina areia.
Melhor assim! Que não seja rochedo
o coração humano. E que sem medo
avive o amor, que tanto se escasseia.
Por EDIR PINA DE BARROS
Brasília/DF