Ao cultivar a flor do lácio em seu canteiro,
ouviu estrelas pela imensidão celeste
o ourives singular e ilustre brasileiro
que fez da perfeição a sua eterna veste.
Numa alquimia infinda, o bardo garimpeiro
propõe-se a lapidar a joia que reveste
a essência do seu verso enquanto o mundo inteiro
se curvaria para o príncipe inconteste.
Se teve o seu soneto a glória merecida,
a prosa magistral bastante preterida
não tira dele o brilho eivado de magia!
Os anos passarão multiplicando os feitos
daquele que estará por entre os mais perfeitos
no trono colossal da nossa poesia.
Por ADILSON COSTA
São Lourenço da Mata/PE