O tempo segue à moda dos vitrais,
configurando imagens de pedaços.
Retalhos do passado, nada mais…
segundos viram, todos, estilhaços.
Momentos que jamais serão iguais,
tão simples, mas contendo tantos traços,
divagam preenchendo os ideais
que a mente, afoita, prende em seus espaços.
O tempo escoa em pérfida peneira,
numa atitude ingrata e traiçoeira,
mas desconhece a força da memória…
Não sabe que horas tristes eu derreto,
congelo apenas tempo em allegretto,
pois dona sou da minha própria história…
Por ELVIRA DRUMMOND
Vila Velha/ES