Um conto de Natal
Com muito orgulho e prazer divido com você a minha versão sobra a história do bom velhinho…
Era uma vez em uma linda floresta encantada, um bebezinho de belos olhos castanhos foi deixado. O seu choro incessante chamou a atenção dos seres que ali habitavam, inclusive das fadas, que foram todas voando para quem que chorava tanto. Quando Margarida, a rainha das fadas viu aquele indefeso bebê, não pensou duas vezes e o levou para o Refúgio das Fadas. Roselita, a mais arteira de todas o batizou de Nicolau.
E nesse lugar cheio de magia o pequeno Nicolau cresceu, sendo amado e querido por todos. Aprendeu sobre o amor, a amizade e como respeitar a todos, até a menor das criaturas.
Porém, com o passar dos anos, ele começou a ficar curioso sobre a sua verdadeira origem, Sua mãe, sabiamente lhe contou a verdade e como ele chegou até ali. A rainha das fadas o aconselhou a tomar cuidado, pois os humanos poderiam ser seres cruéis.
O jovem prometeu se cuidar e foi em direção da vila, que não ficava muito longe da floresta. No caminho conheceu um senhor que precisava de ajuda com a sua carroça. Nicolau prontamente se colocou a ajudar o pobre homem.
– Não sei como te agradecer – disse o velho com um sorriso no olhar.
– Não tem problema, me ensine a sua profissão e estaremos quites. – Nicolau viu que o senhor, carregava muita madeira em sua carroça e ficou curioso em saber sua finalidade.
– Pois bem, meu jovem, eu sou marceneiro e lhe ensinarei essa nobre profissão, afinal já estou muito velho e preciso de ajuda.
Os dias foram passando e Nicolau ficava cada vez mais encantando com a profissão de marceneiro.
Como sua mãe o havia contado, existiam pessoas boas e ruins naquele mundo. Nicolau descobriu que poucos tinham muito e muitos tinham pouco e isso o entristecia. Pois, ele teve uma vida tão boa e nunca lhe faltou nada. Ele sentia que precisava fazer alguma coisa para alegrar, nem que fosse um pouco aquelas pessoas e trazer esperança aos seus corações.
Certo dia voltando de uma entrega, ele viu uma criança chorando, porque o seu único brinquedo tinha se quebrado. Vendo aquela cena, o jovem resolveu ajudar. Ele levou o brinquedo para a marcenaria e deu um jeito nele. Foi uma alegria ver o brilho nos olhos daquela criança.
Alguns dias depois, uma menina apareceu pedindo que ele consertasse a sua boneca, ele ficou sem saber como consertar, pois ela era feita de palha e tecido, contudo, não poderia dizer não para a menina, então ele estudou uma maneira de consertar a pequena boneca. Foi em um sonho com sua mãe fada, que veio a resposta. E no outro dia, mais uma criança estava feliz com o seu brinquedo. Logo crianças de todo o vilarejo procuravam o bom homem para consertar os seus brinquedos velhos. Até que um dia a filha de um nobre, o implorou para que construísse uma boneca para ela, pois ela não tinha nenhuma. Vendo aqueles olhos tristes, cheios de lagrimas, Nicolau prometeu que ela teria a boneca mais linda de todas.
Assim começou a nascer a lenda do Papai Noel, com o passar dos anos Nicolau começou a ficar velho demais para fabricar brinquedos, entretanto, não queria deixar de presentear as crianças com seus brinquedos de madeira.
A rainha Margarida, compadecida de seu filho e vendo os milagres que ele vinha realizando, concedeu a ele a longevidade das fadas, mas com um, porém, que apenas uma vez por ano ele entregaria os seus brinquedos, assim se cansaria menos e viveria mais, para pode levar alegria e esperança a todos que acreditassem nele.
Paz aos homens de boa vontade…
Por LADYLENE APARECIDA