Oh Morte, tu que és tão forte…
A única certeza da vida é a morte, e é a certeza que mais tememos, mas não deveríamos, ela não é a inimiga, ela não traz a destruição, para muitos ela é a paz necessária, bem-vinda, como uma velha amiga.
Por isso em muitas culturas a morte não é vista como um fim, ou com tristeza, é apenas uma passagem para uma outra vida, é a celebração que estiveram aqui juntos, tiveram a oportunidade de conhecer alguém especial que deixou como herança alegria e ensinamentos.
Certa vez… respirei fundo e me joguei no mar, senti meu corpo sendo levado pelas ondas, elas me arrastavam para longe… não sei bem certo por quanto tempo. Lembro que acordei na beira da praia, mas algo parecia estranho, a dor que sentia em meu peito havia desaparecido, palmeiras balançavam ao sabor do vento, o silêncio era único, nunca havia experimentado tamanha paz.
Foi nesse momento que eu a vi, se aproximava devagar, seus passos eram tranquilos, seu semblante sereno me dava boas-vindas, sorri de volta e parei por um minuto para admirar a paisagem ao meu redor, respirar e deixar que o ar invadisse os meus pulmões, era estranho, mas pela primeira vez que me sentia realmente viva. Eu sei que é controverso, pois sabia exatamente onde estava.
Aquela senhora de vestido branco e cabelos longos riu de minha ingenuidade e me disse com a voz da sabedoria da eternidade. “as pessoas só percebem a grandiosidade da vida, apenas quando a perdem…”
Por LADYLENE APARECIDA