MITOLOGIAS E CRÔNICAS – Rainha Cleópatra

MITOLOGIAS E CRÔNICAS – Rainha Cleópatra

 Sua história começa 300 anos antes do seu nascimento, quando Alexandre o grande, libertou o Egito do domínio Persa, reivindicando aquelas terras para si. Alguns anos depois, Alexandre veio a falecer, seu reinado que era muito vasto, foi divido entre seus generais, ficando o Egito sob a responsabilidade do General Ptolomeu I.

 E assim se deu início assim a dinastia ptolomaica. Essa dinastia perdurou do ano 305 a.c. até 30 a.c. Durante esse período o Egito passou por altos e baixos, conquistas e derrotas. Mas sempre recheada de muitas conspirações reais mortes desnecessárias e muitas traições.

 Foi assim até o reinado de Ptolomeu XII, que como seus predecessores não era muito bom em reinar, tanto que era conhecido como, como “Auleta”, tocador de aulo (flauta)

 Ptolomeu foi casado com Cleópatra V Trifena, e tiveram seis filhos: Cleópatra VI, Berenice IV, Cleópatra VII, Arsíone IV, Ptolomeu XII Téo e Ptolomeu XIV.

 Lembrando que antes da nossa grandiosa Cleópatra, existiu outras seis rainhas com o mesmo nome, algumas delas pungentes como a VII, inclusive sua bisavó Cleópatra III, uma monarca determinada que teve que assumir o trono e reinou muito bem.

 Nossa querida Cleópatra VII, nasceu em 69 a.c. em Alexandria, na época capital do Egito, conhecida pela sua majestosa biblioteca, cultura, arte e economia. E assim cresceu a futura monarca, ela aprendeu matemática, filosofia, poesia grega, política, química (alguns relatos aponta que ela mesma criava suas maquiagens) e falava entre sete e nove idiomas, foi uma das poucas da dinastia ptolomaica que falava egípcio, dispensando intérpretes e facilitando a comunicação com vários outros líderes. Ela não impressionava só pela beleza, era também uma mulher astuta e inteligente.

 Após a morte de seu pai, Cleópatra e seu irmão Ptolomeu XIII subiram ao trono, como era comum na época os dois tiveram que se casar, mas seu irmão tinha apenas 10 anos e ela com 18 anos. Logo a rainha pensou que se podia se valer da juventude do irmão para reinar sozinha, mas alguns ministrou começou a tramar contra ela, encorajando o faraó romper com ela. Contudo sabemos que Cleópatra era inteligente e não iria se rebaixar a meros ministros, então com uma jogada política, ela busca apoio em Roma, que nesse período passava por uma guerra civil: Pompeu versos Júlio Cesar. Como Pompeu auxiliou Aulete no passado, a rainha optou por apoiá-lo na guerra contra Cesar, enviando navios, alimento e soldados em apoio. Sua ideia era caso houvesse vitória pompeniano, ela poderia facilmente cobrar a dívida. “Eh mulher esperta!”

 Mas isso só deixou seus inimigos mais hostis, que aguardaram a maior idade do jovem, para eles acusarem a rainha de conspiração contra o irmão. Percebendo a movimentação, Cleópatra não teve outra escolha, a não ser fugir, para uma das províncias do Egito, contudo ela não se declarou vencida. Foi apenas uma estratégia de retirada, ela precisava se preparar melhor para voltar para o seu trono.

 Agora com calma, ela começa a organizar o seu exército para atacar o Egito. Mas agora o seu irmão tem conhecimento das estratégias da moça e vai fazer de tudo para impedi-la, ele não irá entregar o trono sem lutar, então com a ajuda de seus aliados, eles tão preparam um exército para contra-atacar Cleópatra e marcham em direção a Pelusa (atual Tiné, no Egito). E como história egípcia tem mais reviravolta do que novela mexicana, quando as tropas de Ptolomeu XIII, estão montando acampamento, quem eles ficam sabendo que chegou no Egito? Quem? Quem? Pompeu!!! Derrotado, busca mais uma vez o apoio dos filhos de seu antigo aliado.

 Ptolomeu é obrigado a recuar e voltar para o Egito, porém agora com um problema maior ainda, ajudar ou não ajudar Pompeu, já que contrariar Júlio Cesar também não estava nos planos do faraó e sua trupe. E isso se dá início uma discussão sem fim entre os ministros do rei. Alguns achavam melhor destruir Pompeu uma vez por todas e deixar de lado, essa aliança feita com o faraó morto, outros já achavam uma afronta desonrar a memória do antigo monarca, vendo que não chegariam a lugar nenhum com aquela discussão, Teodoto, um dos mais ardilosos entre eles, “bateu o martelo” e deu o veredito: “Recebemos Pompeu, deixamos que ele se sinta em casa e depois o matamos, assim fazemos um favor a César e não temos mais que nos preocuparmos com dívidas antigas.” E ainda acrescentou: “Um morto não morde.”

 Eu não sei vocês, mas eu não queria esse homem como meu inimigo. Só quero ressaltar que esse cara me lembra muito Maquiavel.

 Infelizmente não foram lá e simplesmente mataram Pompeu, com no mínimo alguma dignidade, foram cruéis com ele, deceparam sua cabeça e expuseram seu corpo nu, para quem quisesse apreciar.

 Poucos dias depois César chega a Alexandria, atrás de seu inimigo. Teodoto todo pomposo entrega à César a cabeça de Pompeu, entretanto o plano falhou e o imperador não viu a morte de seu ex-rival, com bons olhos. Dizem que a tamanha violência usada para matar Pompeu foi uma ofensa a César.

 Passado o susto inicial, as tropas romanas desembarcaram e marcharam pela cidade, até o palácio real, exibindo as bandeiras republicanas de Roma. Em tentativa de apaziguar a briga entre irmãos, César convoca uma audiência com o rei e a rainha do Egito, no entanto tudo não passava de uma manobra para aumentar a dependência do Egito em relação a Roma.

 Cleópatra precisava desse encontro, contudo temia por sua vida, ela podia ser interceptada e morta por aliados do seu irmão; para evitar isso ela recorreu a uma artimanha que só poderia sair da cabecinha de Cleópatra; não se sabe bem os detalhes, mas segundo Plutarco um historiador da época, ela entrou em Alexandria, numa pequena embarcação, acompanhada apenas de um de seus fiéis servidores, Apolodoro de Sicília, depois disso entrou em saco de linho, outros dizem que se enrolou em um tapete, independente do modo, o objetivo foi alcançado, se encontrar com Júlio César e convence-lo a ajudá-la a retornar ao trono. Coisa que não foi muito difícil, logo César fica encantado pela criatividade daquela mulher e sua doçura em falar foi a cereja do bolo, a astuta mulher estava há um passo de conseguir o seu reinado novamente.

 Quem não gostou da brincadeira foi o jovem rei, que não tinha muito o que fazer a não ser aceitar uma trégua com sua irmã e dividir novamente o trono.

 Porém a paz não durou muito, Pontino, aliado do jovem faraó, irritado com aquela situação e temendo perder seu domínio, começa manobras para atiçar os alexandrinos contra Cesar, já que os mesmos, não morriam de amores por Roma. Sob a influência do eunuco, Aquila general dos exércitos egípcios, marcha cidade adentro com seus 22 mil soldados contra os 3,2 mil de soldados romanos e se dá início a guerra civil de Alexandria.

 Ai meus queridos leitores começa uma confusão sem tamanho, era cada um por si e Hórus por todos, de um lado Aquila tenta dominar o porto real, Cesar vai lá e manda incendiar a frota egípcia, mas o fogo se alastra e destrói entre outras coisas os depósitos do porto, só não se tem notícias se a biblioteca tenha sido queimada nessa ocasião. Depois Aquila tentou deixar os romanos sem água, fazendo entrar agua do mar nas canalizações que abasteciam César, mas ele afasta o perigo mandando cavar poços. Nesse meio tempo no palácio real os faraós e César estão presos junto com o ardiloso Pontino, e a irmã mais nova de Cleópatra, Arsíone IV, de dezesseis anos, que queria tirar proveito da situação e se proclamar rainha. Não conseguindo de imediato ela foge na companhia de Ganimedes, e se juntam ao general Áquila. Porém rola um desentendimento entre os dois homens, onde Áquila acaba sendo morto.

 É confusão para lá, confusão para cá…. “Eu se fosse Cleópatra, já teria dado o grito nesse povo, onde estava nessa hora a mulher altiva que ela sempre foi? E tomar as rédeas da situação, para mim nesse ponto ela falhou muito, para quem tinha um conhecimento tão grande em política seria fácil para ela contornar a situação e propor trégua, ou ela estava gostando daquela situação toda.”

 Em uma manobra feita pelos ex-partidarios de Áquila, Ptolomeu XIII é libertado e se junta as tropas e reorganizando para atacar César. Após ataques e contra-ataques, o exército egípcio é derrotado, Cleópatra agora é odiada pelo seu povo, Ptolomeu XIII na fuga se afoga no Nilo e Arsíone é levada como troféu para Itália.

 Para continuar respeitando a tradição dinástica, Cleópatra se casa com o seu irmão caçula, Ptolomeu XIV, que tinha 12 anos, por não ter uma personalidade muito forte, esse não passou apenas de coroação, nominal, assim a rainha faraônica poderia reinar conforme a sua vontade.

 Depois de tudo resolvido era esperado que o Imperator, mas ele preferiu tirar umas férias e prolongar a sua estadia no Egito, aproveitando a companhia de sua amante e os prazeres que esse romance poderia proporcionar e é claro conhecendo melhor aquele atípico país. Após quase um ano de permanência no Egito, César enfim toma outros rumos, deixando soldados para proteção da Rainha e devolvendo ao reinado egípcio a cidade de Chipre, que no passado foi motivos de problemas para o antigo faraó.

 Pouco tempo depois da partida de César, Cleópatra dá a luz ao seu primeiro filho, César Ptolomeu, mas ficou conhecido do Cesário (pequeno César), por interesses políticos, Cleópatra preferiu atribuir a paternidade ao Imperator, com sonhos de um dia seu filho poder reinar sobre os dois territórios e para fortalecer ainda mais esse sentimento nos alexandrinos, foi feito que parecesse que a criança tinha nascido no dia 23 de junho, data onde se comemora a festa de Ísis, já que ela se considerava a reencarnação da deusa, nada como dar à luz ao próprio deus Hórus.

 Logo depois a faraó parte para Roma, juntamente com o seu filho para assegurar esse movimento político. Contudo isso deixou alguns alexandrinos mais fervorosos descontentes, então sabiamente junto com alguns sacerdotes, eles declaram Júlio Cesar a encarnação do deus Rá, assim sendo ela não teria cometido nem um delito imperial e ganhava mais prestígios entre os religiosos da época.

 Em Roma Júlio César é recebido com honrarias por seus feitos e vitorias, seus ministros o concedem mais dez anos como ditador e ele nomeia Marco Antônio como o seu chefe de cavalaria uma grande honra naquela época, pois significava que era chefe do estado-maior de Roma. Fizeram várias festas em homenagem ao imperador, em uma delas Arsíone IV e outros prisioneiros de guerra desfilaram algemados em praça pública, alguns dizem que foi por misericórdia por parte de Cleópatra que a jovem não foi executada juntos com os outros, em vez disso ela foi enviada para Éfeso.

 Tirando essa e algumas outras aparições políticas, pois ela precisava ter certeza de que há quem interessava, que ela era a mãe do herdeiro do Imperador de Roma, a rainha foi bem discreta na sua temporada. Após o assassinato de Júlio, Cleópatra decide voltar para o Egito, onde de certo estaria mais protegida. Já que com a leitura do testamento de Júlio Cesar os Planos de Cleópatra reinar sobre os dois impérios foi frustrado, segundo o documento, quem herdaria todas as conquistas feitas por César, era seu sobrinho Otavio e não seu filho, mesmo reconhecido. Não se sabe ao certo se foi apenas uma tática política dos republicanos que não concordavam com o relacionamento do imperador com a rainha egípcia, uma vez que ele já tinha uma esposa legitima, com quem não teve filhos. E esse mistério se permanece até hoje.

 Protegidos no Egito, Cleópatra dá um jeito de sumir com seus irmão Ptolomeu XIV, apesar de não representar nenhum risco a soberana, era, contudo, um obstáculo à promoção do Jovem Cesário como faraó do Egito. Com o “sumiço” do rei, que só tinha quinze anos, Ptolomeu XV César é coroado o novo faraó com apenas três anos de idade e sua mãe seria a regente até a sua maior idade.

 Roma novamente em guerra, o povo que gosta de uma briga, mas dessa vez sobe o comando de Otavio e Marco Antônio, e com o pretexto de vingar a morte de Júlio César, os dois líderes derrubaram tantos outros governos, por algumas vezes pediram ajuda ao Egito que lhes foi negada. Era de supor que Cleópatra quisesse vingança pela morte de seu amado, mas pelo jeito não foi assim aconteceu, ela preferiu ficar neutra e esperar que saísse o vencedor dessa disputa sem tamanho. Entretanto, após as conquistas, Cleópatra foi convocada para dar explicações, porém ela foi esperta sabendo que poderia levar alguma retaliação por não ter apoiado Roma, estrategicamente ela não responde de imediato, fazendo que esperem por sua chegada. Depois de várias cartas recebidas a rainha faraônica resolve por fim, majestosamente se apresentar; chegando a Cilícia, seu barco sobe o rio Cidno. A cena, que marcou duradouramente todos os espíritos, é relatado por Plutarco: “Ela navegou com tranquilidade pelo Cidno, num navio cuja poupa era de ouro, com velas de púrpura e remos de prata. O movimento dos remos era cadenciado ao som das flautas, que se combinava ao dos pífaros e das liras. Ela mesma enfeitada como numa pintura da própria Afrodite, estava recostada num pavilhão tecido de ouro. Jovens, vestidos como os pintores costumam representar os amores, estavam ao seu lado com leques para refrescá-la. As mulheres, todas muito belas como Nereides e Cárites, algumas estavam no leme, outras nos cordames. Pensem em uma rainha que gostava de ostentar e mais ela sabia ostentar.

 Assim toda cidade saiu para ver a chegada da deusa Afrodite, assim alguns à chamava. Estava tudo perfeito como Cleópatra desejava, não teria Marco Antônio que resistisse àquela entrada triunfal.

 E assim aconteceu, Marco Antônio se apaixonou cegamente pela rainha. Tanto que aceitou de bom grado as desculpas dela pela passividade durante a guerra; segundo suas explicações ela tentou enviar uma frota, mas foram surpreendidos por uma tempestade e tiveram que voltar, no momento que ela mesmo adoecia. Desculpinha esfarrapada em minha opinião.

 Logo a rainha conseguiu domínio completo sobre o pobre homem, que realizava todos os seus desejos. Para ter certeza de que não perderia o seu trono ela pede a Antônio matar a sua irmã, que foi exilada por sua vontade, na época de César. Além disso, Marco Antônio confirmou a restituição de Chipre ao Egito concedida por César. O Governador da ilha que não ficou muito satisfeito com a decisão, contudo, foi logo eliminado. Portanto uma grande vitória diplomática; ela afastou todo o perigo e viu seu trono consolidado. A rainha voltou para Alexandria, onde Antônio foi encontrá-la após resolver alguns assuntos na Síria e Palestina.

 Como César, Marco Antônio ficou maravilhado com as belezas do Egito e Claro os prazeres sem descrição que Cleópatra o proporcionava, ainda mais que era bem mais velho que a rainha isso facilitava e muito o domínio da jovem rainha sobre ele. Mas quem não gostou nada dessa brincadeira foi Otavio que viu seu poder ameaçado por essa união, enviando cartas para que o chefe do estado-maior voltasse imediatamente para Roma, lá se viu obrigado a se casar com Otávia, irmã de Otavio, mando do novo ditador ambos partiram para Atenas onde permaneceram por três anos.

 Cleópatra nesse momento é um pouco deixada de lado e reina sozinha sobre Alexandria, que o quê parece também não vivia um mar de rosas. Pouco tempo depois da partida de Marco Antônio, Cleópatra dá à luz a gêmeos: um menino que foi chamado de Alexandre, em homenagem ao conquistador e fundador de Alexandria, e uma menina chamada Cleópatra, como a mãe.

 Otavio achando que já tinha resolvido a questão entre a rainha egípcia e seu líder, ele manda Antônio voltar e logo em seguida é enviado ao Oriente, chegando lá ele envia uma mensagem a Cleópatra que envie apoio e que ela fosse para Síria se encontrar com ele, assim reviveram toda a paixão que tinham vivenciado anos antes, todavia, essa paixão desenfreada custou caro para muitos, pois os pedidos a rainha faraônica não tinha fim, vários líderes perderam suas fortunas e terras, por causa dos pedidos dela para o seu amante.

 Foi graças a essas manobras diplomáticas que a rainha conseguiu devolver a Alexandria sua antiga gloria de dominadora do Mediterrâneo Oriental.

 Só que toda essa bondade cega de Antônio para com Cleópatra tinha um preço; Roma não via com bons olhos toda aquela confusão nas terras conquistadas por eles.

 Querendo ou não a rainha usou de sedução e muita diplomacia para conquistar tudo aquilo, ou seja, era um castelo de cartas, que poderia desabar a qualquer momento.

 Por consequência Otavio teve que intervir naquele disparate sem tamanho e pôr um fim de uma vez por todas nessa bagunça, antes que provoquem guerras desnecessária.

 Depois de provar para senado que Marco Antônio estava cego por Cleópatra e se continuasse naquele ritmo era perigoso ele entregar a própria Roma a Senhora do Egito. Desse modo, Otavio declara guerra a Cleópatra, ele conseguiu que Marco não fosse de todo dado como traidor da pátria, apenas um velho homem enfeitiçado pela beleza e volúpia de uma jovem mulher.

 Otavio segue pelo Golfo com sua esquadra onde é interceptado por Marco Antônio, logo atrás vinha Cleópatra com seus navios, mas não se sabe bem ao certo, no meio da confusão a rainha bate em retirada com seus navios, Antônio que estava em outra embarcação, se vê obrigado a seguir a sua amada, abandonando a guerra e seus homens que dariam suas vidas pela dele. Era tudo que Otavio precisava para declarar sua vitória e mostrar a todos o covarde que o antigo chefe de estado se tornou.

 Aos poucos os aliados de Antônio, foram se entregando à Otavio, sem nenhuma resistência, o cerco estava se fechando em volta de Alexandria. O fim para aqueles amantes era eminente, Otavio com suas tropas já se encontrava aos portões de Alexandria, Cleópatra assustada com o que poderia acontecer se esconde em seu tumulo, previamente pronto, como todos os faraós fazem, e junto com suas riquezas. Protegida nesse pequeno forte, a rainha envia um mensageiro a Marco Antônio, que nesse momento enfrenta em vão Otavio, que está morta. “Sabe lá, por Ísis que ela fez isso.” O homem desolado pela morte de sua amada, tenta suicídio, mas o ferimento não o mata de imediato, quando seus serviçais veem Antônio agonizando o leva até o encontro de Cleópatra vivinha e escondida. sinceramente não sei o que passou na cabeça dessa mulher para ela fazer isso tudo, mas enfim… Vendo sua amada banhado em sangue e nos últimos suspiros, ela declara seu amor eterno ao seu amado, chora, grita, desfere golpes contra se mesma em sinal de sofrimento pela morte de Antônio.

 Não é por nada não, mas acho que sei de onde Shakespeare, tirou a sua ideia para escrever Romeu e Julieta, só acho!

 Entre tanto, nem tudo estava acabado. Para a vitória fosse completar, era necessário que o vencedor se apoderasse da rainha viva e de seus tesouros. Otavio enviou dois de seus homens para negociar com Cleópatra, enquanto um tentava convencê-la a se render outro entrava furtivamente por uma janela desprotegida, agarrando-a antes que se mate-se com um punhal que tinha nas mãos.

 Agora sob o domínio de Otávio, Cleópatra era só lagrimas e súplicas, ela até usou antigas cartas de Júlio César e fotos para convencer Otávio que estava no trono por direito, pois assim quis o imperador, mas tudo que ela conseguiu foi a pena de seu carcereiro, pelo jeito ele não se deixou enfeitiçar pelas palavras e doçura da rainha.

 Percebendo que não conseguiria convencer o novo Imperador, e que o único motivo de ainda estar viva é que provavelmente ele desfilara com ela como troféu de sua vitória sobre o Egito. Por consequência ela começa a preparar a sua própria morte, se for para deixar o mundo dos vivos, será do seu modo.

 Ainda nos dias de hoje, há controvérsias sobre a morte da monarca. Alguns especulam que ela guardava consigo um frasco de veneno, pois ela tinha conhecimentos em química e biologia, outros dizem que ela foi morta por picadura de uma víbora que conseguiram levar até ela em seus aposentos, de todo modo ela partiu com toda gloria que sempre viveu, quando encontraram o seu corpo, ela estava deitada em um divã de outro vestida com seus trajes reais, em seus pés caídas ao chão estava as suas fiéis servas, também mortas. Otavio ficou em cólera, pela atitude da mulher, pois seu desejo era desfilar com o seu troféu vivo, contudo, não pode de deixar de admirar a coragem dela.

 Seu filho, Cesário, tentou fugir, mas foi capturado por soldados de Otávio e foi morto pelo mesmo, não dava para deixar vivo um herdeiro direto do grande Júlio César, os outros filhos de Cleópatra e Antônio, foram enviados a Roma para serem cuidados por Otávia.

 A pedido de Cleópatra em carta para o Imperador César Otávio, ela foi enterrada ao lado de seu grande amor, Marco Antônio, onde teve todas as honrarias fúnebres, como uma monarca da sua grandeza merecia.

 Bem Meus queridos leitores, e assim viveu uma das maiores mulheres da nossa história, sempre cercada de muito luxo, prazeres e soberania; além de ter sido uma mulher que fazia valer os seus desejos mais frívolos e sempre coroada com muitas joias, Cleópatra era uma mulher inteligente e determinada, sabia o que queria e fez de tudo para obtê-lo, não importando por cima de quem teria que passar para isso, visto que ela foi responsável pela morte de 3 de seus irmãos. Acredito que até nos dias de hoje o modo de vida da rainha, chocaria a muitos, principalmente em vista que era uma mulher que não tinha medo de ser feliz, concordo que ela gostava de esfregar na cara de todos as suas riquezas e modo extravagante de viver. Na minha humilde opinião, tirando o fato que ela fazia crueldades com as pessoas e se desfazia dos mais desvalidos, ela soube aproveitar a vida no melhor estilo.

Por LADYLENE APARECIDA

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