RESENHA LIVRO CONTEMPORÂNEO
O Feitiço de Elora
Uma história que fala sobre o amor proibido, ou então a famosa expressão paixão platônica. Oliver, um funcionário casado e com a vida bem encaminhada em vários setores da vida, se apaixona por uma colega de trabalho, Elora, que, por sua vez, também é comprometida.
A forma em que a trama é narrada é bem diferente. Todo o livro é em formato de cartas. Oliver, para aliviar o sofrimento de amar, escreve todos os acontecimentos dos seus dias ao seu amigo Felipe. A pulsão do protagonista é incrementada não apenas pela proibição sob o julgamento de adultério, mas também por seus sentimentos estarem em desacordo com as diretrizes do ambiente corporativo. E tudo isso é relatado de uma forma poética, intercalando prosa e poesia na medida certa.
Embora o título do livro, assim como a capa e a menção que o autor faz à palavra “bruxa”, a obra não se trata de fantasia ou qualquer coisa que se conecte ao sobrenatural. Esses elementos são usados como metáforas, uma forma que o personagem encontrou de demonstrar o poder de sedução que Elora tem sobre ele. Achei isso muito interessante, afinal, quando estamos apaixonados, podemos dizer, a certo modo, que estamos enfeitiçados.
Linguagem simples, a leitura foi confortável, em vários momentos somos levados a um sentimento de empatia pela angústia do personagem, além de sermos intrigados com todo o mistério que sonda o alvo de sua obsessão.
Por SARAH SCHMORANTZ