MÚSIC’ALMA – A música atual

MÚSIC’ALMA – A música atual

 Na revista anterior, falamos um pouquinho da história da MPB, que revolucionou a música brasileira, nos revelando artistas incríveis, que perduram até hoje.

 Uma geração que na raça, vivia as cegas, gravando discos e dependendo de gravadoras e o famoso “Jabá” que se pagava nas rádios, para que o artista acontecesse.

 Imaginem, a dificuldade para absolutamente tudo.

 Hoje temos um celular, aonde na hora, gravamos e registramos as nossas composições. Já eles, dependiam de ter um gravador de fita ou até mesmo, partir para a gravação oficial na hora, antes que se esquecessem da música… assim os cantores de serestas, e do tempo de ouro da rádio faziam.

 Imagina o encontro de todos esses músicos, para compor e fazer, sendo que a comunicação era escassa e não tinha um aplicativo de mensagens, para combinações e outras coisas.

 Além disto, o talento tinha que ser grande, porque as gravações eram feitas em fitas de rolo, livre de edições digitais.

 Nós artistas da música atual, devemos muita gratidão a esses, por construírem um alicerce potente, para que continuássemos fazendo hoje.

 

O GIRO

 Bem, em meados dos anos 80, o mercado musical começou a mudar, trazendo a o conceito de áudio visual, com a chegada do CD (COMPACT DISC) e a novidade do Videoclipe, para mostrar o artista no todo. Podemos citar como um dos pioneiros do áudio visual, Michael Jackson, que fez um barulho danado, com o famoso clipe de “Triller”, que é quase um curta metragem, rendendo para Michael, o mérito de disco mais vendido no mundo, até hoje.

 A partir daí, a moda se inspirava na música, era possível aprender a coreografia original… enfim, a música se misturando mais que nunca com outros tipos de arte.

 Originalmente, o Videoclipe veio dos Estados Unidos, instalando a extinta MTV no Brasil, que exibia os clipes diariamente, trazendo as novidades do mercado mundial, em tempo real, atendendo a todos os gostos.

 

Na década seguinte, o que nos conecta: A INTERNET.

 O artista independente, começou a ganhar espaço, já que ainda “dependíamos” de gravadoras para entrar nesses lugares. Com as evoluções das evoluções, a rede Youtube surgiu, a princípio para o saudosismo e ideal jornalístico. Porém, os espertinhos, começaram a expor ali, suas músicas, e o negócio cresceu de uma maneira incontrolável, revelando talentos e mostrando que agora, é possível que todo artista, tenha sua obra publicada.

 Mallu Magalhães, Anavitória, Luan Santana, e o fenômeno Anitta, são percursores, deste novo jeito de fazer música, através do youtube.

 Uma década e meia mais tarde, plataformas de música, os chamados “streaming”, como Spotify e Deezer, chegaram de uma forma, para facilitar a escuta de música, que hoje além de ser plataforma para os jovens, também recebe o acervo de décadas passadas, comtemplando todas as faixas etárias. Trouxe a facilidade de montar uma playlist com suas músicas preferidas e tocar na sua festa, por ex. Ouvir musicas especificas, para o que o momento pede.

 Com isto, o Brasil ocupa o segundo lugar, na América Latina, como país que mais consome música. E não só musica brasileira, mas generosamente, nós, consumimos e damos voz, a artistas de outros países.

 Resumidamente, cito alguns nomes, como Laura Pausini (Itália), “Zaz” (Franca), BTS (Coreia do Sul), Rosalía (Mexico), entre inúmeros outros, que podemos preparar uma lista, em oportunidades vastas que teremos juntos aqui.

 Com isto tudo, o mercado ficou mais rápido, com um crescimento expressivo em números de artistas expondo suas obras. Mas também tem suas dificuldades!

 Antigamente, valorizávamos o disco que adquiríamos e ouvíamos meses, anos, até que nossos artistas preferidos lançassem uma nova obra.

 Hoje, é fácil dar o play e uma música nova, se torna “velha” em um mês ou até menos.

 A produção dos artistas, teve de aumentar, para corresponder o seu público, e seguir nas fases de conquistas. Acho importante que valorizemos as obras e não nos esqueçamos, de que uma música se faz eterna, pelo simples fato, de que, uma gravação é um registro que ficará para sempre disponível, ainda mais nesta era digital.

 Não é só sobre dar dinheiro ou status, para aquele nosso artista preferido. Mas é valorizar, porque com tudo, são trabalhos, pensados e arquitetados por meses ou anos, em processos de produções que são exaustivos, por não ser só música. É música, arte visual, arte de vídeo e mais.

 Um dia, contarei como se dá tudo isto, até que chegue a você para o play.

 Por que começo com este tema? Porque, os artistas que apresento para vocês, nesta coluna, fazem parte de toda essa mudança do mercado, e só tiveram a oportunidade de produzir e lançar suas obras, devido a este giro.

 E pessoalmente, dou graças, porque realmente eles são merecedores, pelo tamanho do talento.

 Sigam aqui, que vamos falar de três pessoas, que eu tive o prazer de entrevistar, e antes disso, conferir a fundo a obra deles e ser beneficiado com tamanha sensibilidade, nas letras, melodias e nas vozes marcantes.

Por ALTTIN

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