Inicio a entrevista com Nanda, a chamando de um apelido carinhoso, que deixo por baixo, por ser coisa nossa, (risos). Mas, no bom humor e carinho, Nanda falou comigo de uma maneira leve, como ela é. Leve, porém com uma voz forte e marcante, capaz de reverberar coisas incríveis para os seus ouvintes!
Nanda Mazza (42 anos), percebeu o seu feeling para a música, desde criança, fazendo performances, em uma espécie de palquinho, que tinha na casa onde morava. Ali, se apresentava para os pais, amigos e parentes, e até mesmo para os amigos imaginários, brinca ela. Além disto, já tinha uma atracão e paixão pelo piano.
Nanda define sua paixão pela música, com a finalidade de dar voz a poesia e a vida interior do ser humano, na biblioteca que construímos ao longo de nossas vidas, através das experiencias. Cantar, é uma forma de organizar sua biblioteca de sentimentos, para emitir sua voz poética. Assim, nasce a cantora, com anseio de deixar suas obras.
Ao longo de sua trajetória, buscou se aprimorar, fazendo aulas de piano e canto.
Um bom cantor, precisa sempre estar em constante aprimoramento, por isto, Nanda lutou por suas evoluções musicais, estudando piano clássico, ainda quando criança. Estudou canto Lírico no conservatório Souza Lima, muito popular aqui em São Paulo por sua excelência. Estudou canto popular, no Canto do Brasil, com Regina Machado, mais com Vagner Barbosa, e ainda hoje, faz aula com o Paulo Moreno, que é seu vocal coach. E continua estudando piano ocasionalmente, para aprimoramento de seu ouvido harmônico.
Ou seja, uma vida inteira de estudos, que nos serve de exemplo e inspiração, para que não deixemos a nossa arte no raso, sem dedicação e totalidade. É preciso ser entregue. É trabalho e exige dar o melhor.
Se você quer ter identidade na sua arte, é preciso buscar isto nos estudos e a partir, aprender a extrair o melhor de você, em contato com a vida. Esta é a matéria prima do artista! Ela, nossa artista de muito vigor.
Nanda, tem como objetivo, atingir o “núcleo macio das pessoas” em referência a frase de Plinio Marcos. Atingir este lugar das pessoas, através da arte de cantar, acredita a Nanda, que contribui com a leveza, de uma vida árdua e embrutecida. Nisto, vemos o quanto estamos diante de uma artista que expõe a verdade, com intensidade e profundidade, que está impressa em suas obras.
Joguei de volta, perguntando, se ela se vê menos bruta, através do que faz e tem como ideal. E a resposta, foi:
– A MÚSICA NÃO PRECISA DE MIM. EU É QUE PRECISO DA MUSICA. É POR MEIO DISTO QUE EU EXERCITO O MEU AUTOAMOR.
Assim, a artista que traz a verdade como seu pronto principal, dentro do que vive e depois expõe, na certeza, de que a identificação das pessoas será certa.
Este, é o sentido de dizer, que a arte salva.
Nanda, começou a gravar suas músicas autorais, desde 2011, e aos poucos, foi lançando seus singles, que estão disponíveis nas plataformas de música. São canções, com mensagens de amor, conclusões de vida, entre a beleza e a imperfeição de uma pessoa que merece ser feliz.
A perfeição, não é uma meta para Nanda, até porque, sabendo que isto é impossível, ser realista com as pessoas, é o que move o seu trabalho a uma entrega genuína, de igual pra igual.
Ouso dizer, que o artista, tem o seu valor pelos dons que recebeu, mas, se não se coloca no lugar das pessoas, uma soberania toma conta, e impede que sua obra, realmente se faça para pura contribuição. Ali mora a alma do artista e suas canções.
Algumas de suas obras disponíveis são:
“Gatos e Lagartos”, “Luana Jovem”, “Alecrim, “Acordei, Despertei”, “Meias Vermelhas” … entre outras, que vocês podem conferir logo abaixo nas mídias.
Recentemente, Nanda foi convidada para ir ao Chile, pela Orquestra Sinfônica de Concepción, uma das orquestras mais antigas e importantes da Universidade de Concepción, que saiu recentemente em turnê por vários países. Nanda realizou dois concertos, intitulado “Sonidos del Brasil”, com o Maestro Victor Toro, sendo a cantora principal, interpretando um repertório de músicas da nossa nacionalidade. Como tom Jobim, Gonzaguinha, Roberto Carlos, Ari Barroso, até as mais atuais como Mallu Magalhães.
Nanda relata, que o poder da música brasileira, é gigante e encantou os chilenos. Em uma reportagem emitida por eles, pessoas entrevistadas, elogiaram Nanda Mazza, como uma interprete excelente e contagiante. Nossa cantora brasileirinha, realmente fez bonito e isso é motivo de orgulho para nós.
Definindo um dos momentos mais emocionantes do espetáculo, ela diz que foi quando cantou “Aquarela do Brasil”. “Fui tomada” disse ela. E ainda acrescenta, que a orquestra incluiu no repertório, uma música de sua autoria, arranjada pelo Bruno Piazza, feita na pandemia, que fala sobre o processo de bloqueio criativo, que a maioria de nós vivemos, por não poder exercer nosso oficio, sendo o setor de arte, o primeiro a ser afetado.
Logo este material, também estará disponível para conferirmos.
Sobre o mais que vem por aí, Nanda Mazza promete lançamentos, uma agenda de shows, participações especiais e um EP.
Em suas conclusões pessoais, Nanda deixa uma mensagem para os leitores, dizendo que nós precisamos resgatar, para justiça social, uma reparação com o povo Preto.
Acredita ela, que se esta reparação histórica acontecer, teremos um projeto de Brasil verdadeiro, de igual pra igual, em oportunidades, sem diferenças de classes.
‘’A transformação do nosso país, vem pela mulher Preta, eu acredito na Elza Soares. Sejamos otimistas sempre, e vivamos este momento de transição, que vai passar”
Termino a entrevista agradecendo e certo, de que com ela neste contato, aprendo e me inspiro mais a lutar pelo que importa de verdade.
Nós estamos diante de uma artista muito forte.
Confiram o trabalho, a voz, a textura e a poesia de Nanda Mazza logo abaixo e prestigiem, em suas redes sociais, porque a vale a pena se aliar a quem é de verdade.
NANDA MAZZA
CLIPE “PRISMA”
CLIPE “MEIAS VERMELHAS”
CLIPE “IÁ, IÁ, RAINHA DO MAR
Por ALTTIN