NAU LITERÁRIA – Entrevista com Edson Gallo

NAU LITERÁRIA – Entrevista com Edson Gallo

Edson Gallo, natural de Carolina-MA, residente em Araguaína-TO, professor, advogado, escritor, editor. Graduado em Língua Portuguesa(USF-RJ), Letras pela Unitins-TO. Direito (PUC_MG), pós-graduado nas áreas de linguística, direito ambiental. Pioneiro do Projeto BB-Educar-Educação de Adultos no Banco do Brasil. Autor e coautor de vários livros. Vencedor do Prêmio SESI de Poesias e Contos por Três vezes consecutivas. Fundador da Academia de Letras de Araguaína-TO(Acalanto) e do Sindicato dos Bancários do Tocantins( membro até hoje). Atuou como professor da faculdade do ITPAC de Araguaína-TO e UFT, e Multi-Vestibulares.

 

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REVISTA THE BARD -Como se deu sua entrada no mundo literário?

EDSON GALLO -Eu sempre escrevi, desde pequeno, mas a exposição do que escrevo, ou seja, a publicação se deu através de concursos literários,

 

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REVISTA THE BARD -Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira?

EDSON GALLO -Não. Nunca vi a literatura como carreira. Embora tivesse formação em Letras e ter lecionado muito tempo a disciplina de literatura brasileira e hoje me arrisco com Editor de livros. Tudo aconteceu naturalmente. Digamos que foi um processo.

 

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REVISTA THE BARD – É notívago ou só cria à luz do dia?

EDSON GALLO -Já fui notívago. O silêncio da noite escreveu muito por mim. Mas, hoje já é mais prático, a qualquer hora. Estou em um processo de quantificar o número de horas de trabalho, uma vez que para gente escrever tem que ler muito mais.

 

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REVISTA THE BARD – Tem sonhos literários? Quais?

EDSON GALLO -Acho que o sonho de todo escritor ter a sua obra lida pelo maior número de leitores possíveis. Hoje, felizmente, todo mundo escreve, no entanto, faltam leitores.

 

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REVISTA THE BARD – Literatura como risco ou libertação?

EDSON GALLO -Libertação, sem dúvida. Pois, chega uma hora que você já não escreve mais por “Bel Prazer”. A gente começa a escrever por necessidade. E aí já é independente de publicação, independente de leitores. É um processo de catarse. De libertação da ideia e de você mesmo.

 

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REVISTA THE BARD – Sabemos que você é editor, autor e organizador de vários livros de diferentes escritores e solo. Quais são os seus títulos? Qual te marcou mais? Tem algum livro traduzido? Em que idioma foi publicado?

EDSON GALLO -A editora na verdade é muito nova. E assim como os livros que escrevo, aprecio todos como se fossem meus. Os livros são como filhos que a gente solta no mundo. Eles vão e voltam. Acho que dos meus livros publicados o mais importante foi o primeiro livro, ele foi muito significativo, para a minha região, foi fruto de um concurso literário, ele já saiu com o reconhecimento de um júri. Encontros na Praça (2000) que ganhou uma segunda edição em 2021.

Temos um livro de contos, o mais novo, chamado “Memórias de Sábado” (2022), que também tem um grande significado, pois ele saiu em 04 idiomas, Português, Inglês, Espanhol e na Lingua indígena Krahô. Um livro que tem sua importância, pois levou em consideração os trabalhos de tradutores da UFNT, e tem sido muito trabalhado em sala de aulas.

 

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REVISTA THE BARD -Seu principal critério para a escolha de uma leitura é o título, o autor ou o assunto?

EDSON GALLO -Antes era pelo título. E um bom título chama a atenção do leitor até hoje. Mas, com o tempo você também se torna um leitor mais exigente e hoje o assunto predomina.

 

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REVISTA THE BARD -Qual seu autor preferido?

EDSON GALLO -Difícil escolher um, acho que Todos os autores da literatura Brasileira. Tenho predileção por aqueles que mais influenciaram a minha formação literária.

Posso citar Carlos Drummond Andrade, Augusto dos Anjos (meu patrono) e Ferreira Gullar na poesia. E na Prosa, são tantos, Jorge Amado, Guimaraes Rosa, é tanta gente boa, principalmente os novos autores, como Itamar Vieira, Jeferson Tenório, etc.

 

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REVISTA THE BARD – Como e deu sua participação na organização e implantação da Academia de Leras de Araguaína -Tocantins?

EDSON GALLO -A Formação E a criação da ACALANTO – Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense, se deu pela preocupação que tínhamos a época de uma instituição que fomentasse a leitura e a escrita da nossa região. E a partir da provocação do Escritor Otávio Barros, um jornalista de nossa região, ficamos tocados, eu e o Saudoso Professor José Francisco Concesso, e conseguimos reunir 28 escritores e formamos a academia que este ano completa 20 anos.

 

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REVISTA THE BARD – Deixe uma mensagem para os leitores para a colunista e para os leitores da Revista.

EDSON GALLO -Deixo uma mensagem de Gratidão por estar aqui falando sobre os meus trabalhos e sobre a minha terra. Dizer a todos os leitores que nós todos, temos o importante papel de fomentar a leitura e a consciência crítica, registrando nossos sentimentos e principalmente a história do nosso povo. A história de nosso país, da nossa cidade, do nosso estado não pode ser esquecida e esse papel de memória cabe a nós escritores e leitores. Parabéns Magna e a toda a equipe deste importante veículo de informação e cultura.

The Bard!
Obrigada pela sua participação.
Gratidão!

Por MAGNA ASPÁSIA

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