Num desses dias poesia no stories do instagram do poeta João Filho conheci a poesia de Márcio Gómez Benito – pra ter o prestigio de ser indicado por João Filho é porque vale a pena – logo fui no perfil de Márcio para segui-lo e lê-lo mais; acabei sabendo de seu livro de versos (expressão que peguei emprestada do poeta Wagner Schadeck, achei linda!) “Se Por Acaso Alguma Estrela”, o adquiri e me veio a vontade de entrevistá-lo para a nossa coluna na The Bard. Assim fiz.
“Benito…mostra-se um exímio cultor das formas fixas. Do soneto ao haicai, da sextilha à balada, com mais afinidades estéticas com o barroco e o simbolismo, no entanto, é um poeta que encontra sua liberdade no equilíbrio do verso.” Wagner Schadeck
“…o gosto pelo circunlóquio, pelo poema dialogado, mas também pela canção literária e pela oralidade. Um poeta que escreve Ponte Vítrea – veja o leitor – aprendeu com forças antagônicas e soube se equilibrar entre elas.” Wladimir Saldanha.
Teu nome, acordado,
No vidro e no tempo,
No rio ou no sol,
Renascido, alteia
A voz de um vermelho,
De um profundo lago.
As podas do vento
Nas veias – cuidado!
Os mortos, num canto,
Falam sobre flores…
(Ponte Vítrea – Márcio Benito)
Por CLEÓPATRA MELO