A peste qual aríete na porta,
Forçosamente, invade e toma a aldeia.
Atinge–a cruelmente, e não se importa
O desvairado rei que delineia,
Que toda a enfermidade logo freia,
Navio da mentira à corte aporta,
Na boca, que o monarca não refreia
De toda a impiedade que comporta;
Fala desconhecer a tais flagelos,
Quebrando vorazmente vários elos;
Mentindo que as mazelas não matavam.
Desconsidera o que outros já falavam,
Que curandeiros fortes pesquisavam,
Ciências com estudos paralelos.
Por EUFRÁSIO FILHO
Fortaleza/CE