A mão, que o mundo governa
Conduz o nosso pensar e visão
E o volver da atenção em tal direção
Sem perceber-nos numa caverna
Eis o engenho belicoso
Colocar-nos uns versus outros
Com uso de torpes encantos
Em que o dourado impera
E por ele, o homem vira fera
A razão, por eras ausente
Entre ecrãs e purpurinas
Há tempos deixou o vivente
Que iluso, nutre a vil doutrina
Que momento majestoso seria
O despertar do meu igual
Repleto de amor por sua gente
E liberto das vis correntes
Do grotesco apego à matéria.
Por TAMARA FERREIRA
Balneário Arroio do Silva – Santa Catarina, Brasil