POETAS E POETISAS Almas cruzam-se ao amor por Bernardo Fonseca

POETAS E POETISAS Almas cruzam-se ao amor por Bernardo Fonseca

E beijam o silêncio no sabor da vida
Reencontram -se na saudade
E apagam o mistério
Com a luz da escuridão.

Nossas almas
Viajam ao infinito
E despedem-se de nós
No silêncio da última voz.

Abraçam-se no paraíso
Contemplando a irmandade
Na existência da sucumbência.
Sucumbem-se de nós como desconhecidas

E deixando o sabor da morte
Levam o dessabor da vida.
Ó nossas almas!
Quão dura sua viagem
Que escorre prantos
À direção nostálgica.

Cada bater das ondas
É uma tamanha viagem
Que recomeça saudade.
Saudade de um forte abraço
E do beijo fofo e amaço
Saudade da viagem subtil
Tão vagaroso e frágil.

Por BERNARDO FONSECA
Moçâmedes – Moçambique, Angola

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