E beijam o silêncio no sabor da vida
Reencontram -se na saudade
E apagam o mistério
Com a luz da escuridão.
Nossas almas
Viajam ao infinito
E despedem-se de nós
No silêncio da última voz.
Abraçam-se no paraíso
Contemplando a irmandade
Na existência da sucumbência.
Sucumbem-se de nós como desconhecidas
E deixando o sabor da morte
Levam o dessabor da vida.
Ó nossas almas!
Quão dura sua viagem
Que escorre prantos
À direção nostálgica.
Cada bater das ondas
É uma tamanha viagem
Que recomeça saudade.
Saudade de um forte abraço
E do beijo fofo e amaço
Saudade da viagem subtil
Tão vagaroso e frágil.
Por BERNARDO FONSECA
Moçâmedes – Moçambique, Angola