De um exílio entre o mar e o céu
sendo o pisar em estrela, maré de areia
do outro lado, ilha ensolarada em véus do nada
Nua como um dia que engatinha a vida
Entre o ser das rochas, alto e decidido
ao mínimo de mim, conceito dividido
no engolir dunas pela boca sedenta
Desolada figura, símbolo da existência
Revendo sempre como nascem vagas,
crescem
quase imortalizado o tempo nas alturas,
arrebentam
renascem no ínfimo tamanho de uma bolha, alongada
desenhando um mapa em água
Nem mesmo em dor consigo compreendê-la, vaga
efêmera se desmancha como num parto de uma fêmea
minuciosamente diz num beijo um louco amor, alada
cavalga como uma amazona reclusa nas
montanhas
na liberdade do levantar de saias por movidas brisas
Por RUTE ELLA
São Paulo – São Paulo, Brasil