Lágrimas descem pelo meu rosto,
incessantes de desgosto, decepção.
Escorrem incessantemente
em meu rosto já bem molhado…
elas não querem parar.
Caem no meu peito,
como facadas no meu coração.
Meu peito dói.
As lágrimas embaçam minha visão,
deixando-me quase cega.
Meus olhos ardem, vermelhos como sangue.
A dor envelhece meu rosto.
Quase sem sentir as batidas do meu coração,
minha pulsação fraca,
perco minha vontade de viver.
Irrompem soluços atrevidos, dolorosos.
Tento puxar o ar como se fosse
meu último fio de esperança,
meu último suspiro.
Minhas decepções doem.
A tristeza assume meu ser.
As lágrimas descem, caindo no meu peito,
na minha pele, queimando.
O sorriso desapareceu, meu rosto envelheceu,
minha garganta secou.
Pensei: isso vai passar.
Ainda bem que tudo passa,
e eu vou lutar para que tudo volte ao normal.
Por MARIA AUXILIADORA
Divinópolis – Minas Gerais, Brasil