Há tempos sinto esse engasgo na garganta
Esse nó cego que não quer desatar
Dos descasos que há por lá
E a dor do despertar
Na cidade sem se alimentar
Do mal cheiro nas entranhas
Da política não praticar
E tantas mulheres matar
Tantas crianças sem lar
E da violência que anda por aqui e por acolá
E onde foi parar aquele povo que sabe lutar
Que a ditadura fez calar
Para então se libertar
De um Brasil heróico, o brado retumbante
Desse Brasil não quero só o ar e sim tudo que há
Quero andar, sorrir e me pronunciar
E sem fraquejar vou lutar
Por tudo que há
Para o meu melhor dá
A quem ainda vem por lá
Que ainda há de chegar
Por isso não vou calar
Por SIBELLE HOLANDA
Fortaleza – Ceará, Brasil