Borboletas vieram até mim
Num bater de asas ritmado
Trazendo o vento que descobre
E o que traz, traz a rima perfeita
Que segreda aos ouvidos
Segredos nunca contados
Liberdade
Que jamais foi liberta
Ali mesmo no canteiro
Pude ganhar corpo do avesso
Fazer morada com roupa ajustada
O que me tornaria?
Não era peixe na rede
Tampouco barco à deriva
Com a claridade que chega em fios de melodia
Ritmei minhas asas
Em ritmo de palavra
Para contar uma vida bem contada
Que uma das borboletas
Eu me tornaria
Por ALANA EMILY
Sobral – Ceará, Brasil