No alto da colina rochosa,
o sol abre as cortinas do crepúsculo
colore
e se derrama pela varanda
do ocaso.
No agasalho da sua sombra
castigada pelo vento
e pelo musgo do tempo,
o sol poente sorri.
Na parede da memória
brancas cortinas
ilustram a sala
e o desenho da foto
espreita o entardecer.
A face delineia mistérios
e o olhar transparente
descreve em versos
a poesia do tempo,
páginas lidas e relidas
capítulo de uma história.
A tarde cai solitária
e o casario,
veste-se de sonhos
debaixo do véu do arrebol
das lembranças do passado,
da solidão do tempo
e da saudade do amor que se foi.
Por CEIÇA ROCHA
Penedo – AL, Brasil