Mesmo INOCENTE,
esperança
e princípio de DESGRAÇA.
Algumas, desejadas quando feto
protegidas…
Outras, o ESTORVO de vidas velhas
depósito de fracassos
Enterrada ao tormento.
Porquê o meu NASCIMENTO?
Para a desgraça oferecer-me?
Para amarrar-me à amargura
Porquê ser o MULOJI de insucessos alheios.
A tudo exposta
Por dentro, fustigada
Que esperança me reserva?
Que APRENDIZAGEM?
Que alegria vereis?
Solidão, eterna companheira de meus dias
Que VIDA hoje?
Quanta proteção à MORTE?
Que ALEGRIA há em ser criança.
Por JOSÉ BEMBO
Luanda, Angola