Querida vamos dançar através do universo
pela elétrica rua tropical onde a batida que engole
vibra afônica a gritar e resiste poderosa a sua voz
Na biblioteca onde moramos os livros têm letras coloridas
e o sons vocálicos empilham hierarquias em sambaquis
e empinam pipas caóticas que poderão sim, em rimas voar
O céu abriga o sol de gelo que decidiu sobre nós derreter
sua morna chuva evapora antes de tocar teus cabelos
aqueles que juntei e amarrei no nó da vida em teia
A natureza domina a Era e tudo o que era não é mais
O vento não venta
casaco não esquenta
Peixe fora d’água
noves fora nada
No mar emaranhado as alternativas mudam
Passos em falso da nossa dança independente
Passamos pelo fogo frio e dançamos com a alma
Por HEBER BRIZOLA
Santa Catarina – Florianópolis, Brasil