Eu a vejo como uma deusa,
tal como os povos antigos veneravam o sol.
eu idolatro suas curvas e as chamas ardentes
de suas madeixas onduladas e transluzentes.
Eu a beijo com clareza,
de que o nosso amor é o que faz girar a terra.
O toque dos corpos avisam a mente
que nossas ideias são meras sementes.
Paola, o final eu sigo sem rima, sem fluxo,
quero uma poesia livre para acompanhar seu ritmo.
Me leva ao Olimpo, Perséfone me guia, minha Lilith,
o mundo, meu mundo, atlas, seguro tudo sozinho,
por ti.
Razão do desejo desinibido, sobe em mim, me mostra
que tudo podia ser muito mais calmo, mais lindo, contigo.
Clamo por um futuro ao lado das mãos quentes
que seguram as minhas, no frio gelado de São Paulo.
Por GABRIEL PINHEIRO
Fortaleza – Ceará, Brasil