Desde as máculas virgens da mente, a mediocridade dança, imaginando-se primogênita e, embalada em sua janela de segurança, poetiza o alcance do dom, em sua falsa bonança.
Manifesto absurdo, em que todo tolo se intitula escritor, sem compreender a complexidade criadora e dependente de gerúndios para marcar a vida.
Invés, esta maléfica inveja semeia o descaso.
Tecendo seus fios sem pudor. Desmerecendo o mérito alheio com um manto de rancor.
De escutar e, em sua tábula rasa, crê-se trono qualquer palavra e sétima mágica qualquer seria uma canção.
Derrota e falência, que sorte desgraçada. Nos rodeia como ovelhas amorfas, nega a verdade aparente. Porque saber, torre é, e a torre é alta. Apenas os sábios alcançam.
E nobre é a escada, sim, mas aos tolos, indigna.
Mas… ah! Que sina infeliz! Pois que ignorância nos cerca. Em si, a desonra foi dada aos tolos sofrer esse ultraje, como cordeiros dispersos.
Avancemos então, a caneta destemida, contra a estupidez. Contra a corrente de intolerância, a razão em vão lutará. Pois aos tolos resta o opróbrio, na jactância da ignorância.
Portanto, por mais brilhante que seja sua mente distorcida. Combaterei a maré da insensatez. E como um poeta verdadeiro, com zombaria e saber, desafio o mundo tolo, com ironia e poder.
Por VALTER ROBERTO
Salvador – Bahia, Brasil