Na essência do meu ser, onde o silêncio me alcança,
habita a poesia intrínseca,
intensa e profunda.
Uma solidão interna, onde a alma se funda.
Dentro de mim, reside um universo
e nesse refúgio, o invisível se forma.
No seio do mistério, o significado se acende.
Sentimentos são estrofes que escrevem
versos secretos que o coração compreende.
Amor, alegria, tristeza, angústia, nostalgia.
Lágrimas, sorrisos, ternura, melancolia.
A poesia intrínseca é o eco da existência.
É a luz que ilumina o caminho da consciência.
É o brilho das estrelas que só o silêncio vê.
No silêncio, o tempo se desdobra,
dá- se lugar à contemplação.
Cada suspiro, cada sombra,
é um convite à reflexão.
Os pensamentos dançam leves,
como folhas no vento, ao léu.
O silêncio, esse manto breve,
é o silêncio que toca o céu.
Em seu abraço o mundo dorme
e na quietude, o ser se encontra,
na voz que não grita, mas sangra,
na essência do meu ser, deslumbre.
Por RITA DE CÁSSIA
Brasília – Distrito Federal, Brasil