Embriago-me de solidão
Afagando a vida com as mãos
A poesia por mim, escrita
São cartas que minh’alma dita.
Nas madrugadas veladas
As noites passam apaixonadas
Às ruas vazias, desoladas
Brejo das almas desbotadas!
No horizonte da cidade
Vejo o poeta seguindo
Em sua solitude
Carrega sentimento do mundo!
Em suas palavras, esperança
Escritas num velho pergaminho
Com desejo de mudança
Deixa poemas pelo caminho!
O dia rompe a noite
Rumoroso feixe de luz
Nas margens nuas que seduz
Seduz o poeta escrever
Suas cartas de euforria
Amor que acolhe a poesia!
Por NICE VELOSO
Salvador – BA, BRASIL
