Olhando pela janela,
Estático me pergunto:
— Será que vendem amor
Na Floricultura esperança?
Pois, quando o vento toca
A flor, o doce odor me traz
Lembranças
Perdido…
Com a testa contra o vidro,
Castanhos olhos vidrados
Virados para direita
Pensativo:
— Será que é a última vez
Que por aqui passarei
Voltando do mesmo lugar?
Será que aquele abraço
Era um adeus, e dessa vez
Eu não soube identificar?
Com o peito apertado
E os olhos marejados,
Eu que estava parado volto
A me movimentar
A Floricultura esperança
Se perde à extrema-direita,
Tudo vulto há de virar
Na estrada,
Pranto, enquanto
Os pneus cantam,
Parto para
Não mais voltar.
FIM
Por ERICK OLIVEIRA
Alagoa Grande – PB, Brasil