Viver é constante pulsar de sentimentalidades,
de curiosidades incompreendidas,
da loucura lúcida abafada
por silêncios convenientes,
mas que torturam o ranger cardíaco
e se diluem em descartáveis
poesias transbordando nas páginas caóticas da vida.
Os inconsequentes conselhos
dos impulsos cardíacos
e as constantes mutações mentais
se fazem coniventes com as vulneráveis metáforas
camufladas nas entrelinhas do rolo da vida
e simplificam o ser vital
num promíscuo ciclo consumista.
A impotência sensação de ser passageiro
submetido ao bel-prazer do explorador
sucumbem a minha racionalidade
que, provavelmente, frustrariam Descartes.
Diante de argumentos narcisistas e soberbas verdades,
atendendo aos meus lobos internos,
proseio com o insano e
dar-lo-ei meu grito: “Poesia ou morte”?
Por JANAÍNA BELLÉ
Farroupilha, RS BRASIL