Sonhos de uma noite linda de verão
Onde o amor desabrocha o seu botão
Onde a lua nova faz brisa como serão
E a vida renasce co’ um fluído clarão.
Qualquer desespero entre a estação
Um de nós é o escritor da nova canção
Sobre a lua bela à olhar co’a sedução
Entre o querer oblíquo sem distinção.
O bravio do leito do rio que viaja sem direção
Entre nós dois há um léu na contramão.
Canta as cítaras co’as aljavas de Plutão.
Um grande amor da estiagem vira aversão
Nas duas almas amarguradas na prisão
Que quebra as correntes do coração.
Por LUIZ FELIPE
Santarém – Pará, Brasil
