Nossas respirações arrítmicas e ofegantes se
perdiam em sons rítmicos.
Na medida em que nossas bocas se aproximavam.
E a boca de hálito quente queimava meu corpo inteiro.
Sempre imaginei teus beijos como maremotos
a provocar ondas revoltas em mim.
Mas a sensação iminente do toque de lábios nos meus
me fez ser o próprio maremoto, a jogar-me
para ser possuída, antes de tudo ter um fim.
Tua barba roçando meu rosto, os olhos sedentos.
Uau! Perdi-me em ti, meu coração saltava e meu
corpo tremia nas tuas mãos.
Gelei enquanto sua boca se aproximava
da minha, cerejas doces mergulharam meu
estômago, as borboletas sobrevoavam minha
cabeça e a beija-flor pousou sobre a flor.
E quando de fato aconteceu…
fui anestesiada. Tudo o colorido se desfez
ali, num instante em que você invadiu minha alma.
Ali já não era só corpo, a alma saltitava também de amor por ti.
Por BETÂNIA PEREIRA
Buriti Bravo – Maranhão, Brasil