Sou versos livres, inversos
Poesia abstrata sentida nas horas vazias
No entardecer regado pela monotonia
Ecos de vozes declaram verdades submersas
As palavras são ditas e escritas
Numa tranquilidade resignada
O destino é alheio. Quem o prevê?
Aspiro as páginas em branco
Que ainda serão vividas
O que sei é que não sou
De um lugar, nem de outro
Da vida, não necessito de muito
Do sol, o amanhecer
Da noite, o vasto céu estrelado
Do campo, a simplicidade
Do conhecimento, o grito de liberdade
De cada dia, o recomeço
Da escrita, a entrega.
Escrevo, somo, agrego…
Escrevo e me conheço.
Por EDNA LESSA
Tauá – CE, BRASIL