(escreve-me Cora Coralina)
Sob um sol despido e límpido
pelas janelas do vento,
cantava em versos
sensível aos encantos do amor
sempre pertinaz à felicidade.
Poetisa, contista e doceira
humilde e sofrida
versava com destreza
reinventando a vida.
No silêncio
descreveu em versos poéticos
e na doçura dos vocábulos,
mensagens de amor
nas laudas da poesia do tempo.
Na casa velha da ponte
às margens do rio vermelho
a vida passou
e pelas vidraças das cortinas
do ocaso,
o sol deleitava-se
e o crepúsculo adormeceu
ao acordar da lua
no anoitecer da Musa doceira.
Por CEIÇA ROCHA
Penedo – AL, Brasil