Eu queria falar de um mundo
Que despertou das sombras
Que tem luz própria.
Falar de como é libertador
Ser dona do próprio sol
Queria escrever muitas coisas.
Estimular a plantação
Nos solos áridos e improváveis,
Com a resiliência que vem com a esperança,
Ao regá-lo.
Queria que florescessem poderes
Através das ideias que fertilizamos.
Eu escrevo, afugentando os medos
Que me aprisionaram.
Escrevo como se fosse sobrevoar
Uma planície que quer meu pouso.
O som do nosso grito, é libertação.
O toque suave da nossa voz, vida.
Podemos gerar nos campos
Não só flores, mas capacidades
De formar um multiverso indestrutível.
Quero nossos sonhos, voláteis.
Somos a coragem do jardim
Que floriu sem sol, sem chuva,
Sem nada.
Por LUCIMAR NASCIMENTO
São Paulo, São Paulo – Brasil