A musa que, sirênica, envenena…
Tem vestes de penumbra do luar;
Sua boca, escuridão crepuscular,
Tem beijo-anoitecer que me serena.
E velo-me na umbrática açucena…
Recôndito no ensejo de habitar
Em sombras, silhuetas; a dançar…
No cerne da dulcícola sirena.
Ó face divinal do anoitecente,
Que é flor sob o mosaico do ensombrado;
Das mechas de negrume iridescente…
Noturna-me! Soturno e perolado
Por teu caliginoso e refulgente
Olhar (de anoiteceres incrustado).
Por NYCKOLAS CARVALHO
Santarém – Pará, Brasil