No ensejo
Do discurso
Sonoro o silêncio
Navego sem Mar
E molho-me antes de
Vir a chuva.
Há dias vigio
A noite escura
Aguço as estrelas na tarde
Primo a madrugada no Sol
O tempo na alma do pássaro
Canta antes de despertar
E o céu da estrada vem ao tardar.
O relógio dos pés parados, andam!
A música não toca
E lá está a dança.
Há dias enxergo o inverso
Nos versos.
Os paradoxos estão acessos
Pois a tristeza vingou
O poema pro avesso.
Por ARELY SOARES
Caxias – Maranhão, Brasil