Não me conforme em seus medos.
Em seus passos limitados
Em seus planos engessados
Em sua cautela de aparência singela.
Não!
Traga- me o longo pelo
Para que me cubra
A enfrentar invernos.
Canis lupus é essência aprisionada em mim.
Este é o devir vital.
A transformar a cíclica existência.
Não mais aguardarei em salas fúnebres de permanência.
Acomodada pelo grivo da falsa consciência.
Enquanto a alcateia corre livre pelos campos da vida.
Ouço os uivos a chamar-me
Não adiarei mais a viagem.
Despertar é imperativo.
Sou selvagem.
Por MARIA JOSÉ
Salvador – Bahia, Brasil