Atingida pelo vazio cruel
Busco por plena solitude
Na busca incessante, amiúde
Da estrela que me deste no céu
O silêncio é traiçoeiro a noite
Sou aquela nuvem solitária
Que o vento empurra, espalha
Oh solidão! Sou vítima de seus açoites
Lamentos fervilham minha alma
Nesta noite de tristeza sem fim
Junto retalhos de ti e de mim
Imagino nós dois em uma estrada
Teu olhar rasgando-me as vestes
Voz embargada pelo choro da saudade
Desejosos dos abraços nos fins de tarde
E nesta solitude, de ir ao chão, estou prestes.
Por LUCÉLIA SANTOS
Brumado – Bahia, Brasil