O vento moveria
As folhas de outono
Soprando
A inconfidência do amor.
Agitaria as palavras
Lançadas ao alto
Como pássaro leve?
Balanças a saudade
Acaricias o rosto
Guiando a tempestade
Pra alma.
Ah! Vento-vago
Que cabe ao mundo.
Passas do tempo
E veste o sentir.
Agarrado aos galhos
Derruba a lágrima do orvalho.
Se enxergas a todos
Não há quem o vê!
Sossegas debaixo
Das asas da borboleta
Tempestade é bravo vento.
Quem o aprisionaria
Se o coração do vento
É a liberdade?
De sua vanglória
Não esconderia.
Confiaria no vento
Pra criar asas
Trazer sonhos
E fazer voar?
Se ventania fostes um dia
Não há medo de chover
Nem tão pouco de amar.
Por ARELY SOARES
Caxias – Maranhão, Brasil